Está no ar uma das teledramaturgias mais encantadoras dos últimos tempos. Enfim, alguém ousou mostrar o mesmo enredo de sempre, de uma maneira diferente. Cordel Encantado, a novela das 18 horas, não traz em si grandes novidades na sua trama: tem a mocinha, o herói e o vilão, um tripé essencial para a construção de qualquer história. O que encanta em Cordel é a forma como essa mistura desgastada de bondade e maldade vem sendo apresentada.
A escolha do elenco não poderia ter sido melhor, uma sucessão de grandes atores desfila sob os olhares atentos de milhões de espectadores diariamente, e eles, não fazem feio. Marcos Caruso, Zezé Polessa, Osmar Prado, Debora Bloch, Luis Fernando Guimarães, Cauã Reymond, Claudia Ohana, Carmo Dalla Vecchia, Bruno Gagliasso, Bianca Bin e o desconhecido Domingos Montagner, o Capitão Herculano, dentre outros incriveis nomes da teledramaturgia brasileira, nos presenteiam como suas atuações impecáveis.
Essencialmente, fazem parte deste enorme sucesso, que vem cativando o público capítulo após capítulo, o esmero da produção em seus figurinos, belos cenários e paisagens deslumbrantes do sertão nordestino. O texto de ótima qualidade escrito pela dupla Telma Guedes e Duca Rachid nos reporta às histórias que ouvíamos na mais terna infância. A princesa invejada, rei e rainha distantes de sua filha, o príncipe encantado e o serviçal apaixonado, não menos encantador, a vilania correndo solta e o heroísmo a combater o mal para o triunfo do bem são alguns dos estereótipos advindos dos mais antigos contos de fada, mesmo antes dos Irmãos Grimm imortalizarem Branca de Neve, Cinderela e a Bela Adormecida.


Nenhum comentário:
Postar um comentário