domingo, 24 de maio de 2015

Gente Fina - Martha Medeiros


Gente fina é aquela que é tão especial, que a gente nem percebe se é gorda, magra, velha, moça, loira, morena, alta ou baixa. Ela é gente fina, ou seja, está acima de qualquer classificação. Todos a querem por perto. Tem um astral leve, mas sabe aprofundar as questões, quando necessário. É simpática, mas não bobalhona. É uma pessoa direita, mas não escravizada pelos certos e errados: sabe transgredir, sem agredir. Gente fina é aquela que é generosa, mas não banana. Te ajuda, mas permite que você cresça sozinho. Gente fina diz mais sim do que não, e faz isso naturalmente, não é para agradar. Gente fina se sente confortável em qualquer ambiente: num boteco de beira de estrada e num castelo no interior da Escócia. Gente fina não julga ninguém - tem opinião, apenas. "Um novo começo de era, com gente fina, elegante e sincera". O que mais se pode querer? Gente fina não esnoba, não humilha, não trapaceia, não compete, e como o próprio nome diz, não engrossa. Não veio ao mundo pra colocar areia no projeto dos outros. Ela não pesa, mesmo sendo gorda, e não é leviana, mesmo sendo magra. Gente fina é que tinha que virar tendência. Porque, colocando na balança, é quem faz toda a diferença.

Martha Medeiros

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Dias de Luta

Só depois de muito tempo comecei a refletir... Nos meus dias de paz, nos meus dias de luta.

Ira



sexta-feira, 15 de maio de 2015

Como Não Amar Rafaela ? !

Dizem que mãe e professora não podem declarar preferência por filhos e por alunos. Acho correto. Digamos que de vez em quando sou surpreendida por algumas pessoas. Até mesmo pelos filhos... E, com mais de vinte anos de sala de aula, é bastante comum aparecer um aluno ou uma aluna que "quebre" as suas pernas, te deixa desarmada e, quando a gente assusta, já roubou seu coração! Assim aconteceu com Rafaela...


Ah, menina doce! Rafaela é minha aluna, está cursando o quarto ano do ensino fundamental. Chegou de mansinho, vinda de outro turno. Mal abria a boca durante as aulas. É extremamente tímida. Ouvir sua voz é raridade. Mas Rafaela é observadora e muito inteligente. Realiza as atividades com muita rapidez e faz tudo tão certinho, tão caprichado, dá gosto de ver! 

Mas por que estou falando da Rafaela sendo que tenho mais vinte e nove alunos? Porque Rafaela me arrebatou! Menina meiga, educada, estudiosa, gentil... Ficaria falando dela por muito tempo, só coisas boas. Falaria dos seus cabelos incrivelmente lindos! Aqueles densos cachos quase chegando na cintura! Elogiaria seu sorriso sincero e discreto, seus olhinhos brilhantes como os de uma boneca. Acho que Rafaela saiu de um conto de Monteiro Lobato. Seria uma parente da Emília? 

Na sexta feira anterior ao Dia das Mães, ela me entregou um envelope. Havia acabado de dar o sinal para o recreio. Eu já estava trancando a porta da sala. Quase não falou. Estendeu o bracinho e me deu um pacotinho. Nele, havia uma carta. Junto da carta, uma bonequinha feita de biscuit que ela mesma fez. Perguntei se era eu, ela disse: "sim". E saiu para brincar com suas amiguinhas. 


Fui para a sala dos professores com o envelope guardado na bolsa, eu não tinha lido a cartinha ainda. Ao chegar em casa, abri cuidadosamente o pacote com o texto e a bonequinha, morrendo de medo de quebrá-la. Então, veio a surpresa. Palavras de Rafaela: "Você é a professora mais linda do mundo, com certeza melhor mãe do mundo... você é professora e amiga. Feliz dia das mães! Te amo!"


Irresistível! É claro que a menina me vê com olhos amorosos! A professora mais linda do mundo... E amiga! Jamais poderia imaginar que eu tinha tocado o coração de Rafaela a este nível! Fiquei surpresa, porque ela quase não se manifesta, é caladinha, quietinha. Esse gesto mexeu comigo de uma tal maneira que, por um simples elogio vindo de uma criança, eu comecei a me desenhar com um novo perfil de professora. Depois dessa boneca colorida de cabelos espetados, comecei a me achar mais alegre. Da alegria que Rafaela me vê. Estou sorrindo na "escultura"! Estou vestida de rosa!!! Como se fosse eu uma amiguinha dela! 

É gratificante e é um privilégio, presente de Deus mesmo, ter encontrado Rafaela a esta altura dos meus anos de magistério. Sinto como se fosse uma renovação, uma nova chance para acreditar que estas crianças têm futuro e vão fazer do mundo um lugar melhor para se viver. Pode parecer clichê? Pode, não tem problema. Estou feliz, estou encantada pela Rafaela! Sei que um dia ela vai embora, como tantas outras que já passaram pela minha vida e deixaram muita saudade! Mas, Rafa... aqui pra nós: eu adoro ser sua professora! Linda, também te amo!

                                       Esta sou eu. Por Rafaela...

Se as Coisas fossem Mães


Se a lua fosse mãe, seria mãe das estrelas,
O céu seria sua casa, casa das estrelas belas.

Se sereia fosse mãe, seria mãe dos peixinhos,
O mar seria um jardim, e os barcos seus caminhos.

Se a casa fosse mãe, seria a mãe das janelas,
Conversaria com a Lua, sobre crianças estrelas,
Falaria de receitas, pastéis de vento, quindins,
Emprestaria a cozinha para a Lua fazer pudins.

Se a terra fosse mãe, seria a mãe das sementes,
Pois mãe é tudo que abraça, acha graça, ama a gente.

Se uma fada fosse mãe, seria a mãe da alegria,
Toda mãe é um pouco fada... Nossa mãe fada seria.

Se uma bruxa fosse mãe, seria mamãe gozada:
Seria a mãe das vassouras, da Família Vassourada!

Se a chaleira fosse mãe, seria a mãe da água fervida,
Faria chá e remédio para as doenças da vida.

Se a mesa fosse mãe, as filhas, sendo cadeiras,
Sentariam comportadas, teriam “boas maneiras”.

Cada mãe é diferente:
mãe verdadeira ou postiça,
Mãe vó e mãe titia,
Maria, Filó , Francisca
Gertrudes, Malvina, Alice
Toda mãe é como eu disse.

Dona Mamãe ralha e beija, erra,
acerta, arruma a mesa, cozinha, escreve,
trabalha fora, ri, esquece, lembra, chora
Traz remédio e sobremesa...

Tem pai que é “tipo mãe”
Esse, então, é uma beleza!


Sylvia Orthof

domingo, 10 de maio de 2015

Mãezinha

Hoje não tem textão, depoimento, poema, crônica nem dissertação! Mãe... não precisa né! Eu te amo! Muito! Obrigada por tudo que você é e fez por mim s2

sexta-feira, 1 de maio de 2015

M A I O

Homenagem a Maia, uma das deusas da primavera. Seu filho era o deus Mercúrio, pai da medicina e das ciências ocultas. Maio era chamado por Ovídio de “o mês do conhecimento”.


1º  - Dia Mundial do Trabalho
7  -  Dia do Silêncio
10-  Dia das Mães
13-  Dia de Nossa Senhora de Fátima