sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Félix

A cena mais linda dos últimos tempos no final de uma novela. Obrigada, Mateus Solano, pela sua belíssima interpretação. Emocionada!


domingo, 26 de janeiro de 2014

Hoje é Dia de Maria


Mãe, eu já passei dos 40. Você tem três filhas e três netos. Você já faz parte do grupo da terceira idade, ou como odeia falar Rubem Alves - o grupo da melhor idade! Já se aposentou, não paga ônibus, tem fila preferencial, faz parte do estatuto do idoso. A primeira filha chegou quando você tinha somente 21 anos. Hoje, seu neto mais velho, o Matheus, tem 22! Como o tempo passou, mãe! Lembra-se quando me levava ao Cine Brasil para assistir àqueles filminhos água-com-açúcar? Todos os clássicos da Disney, Os Trapalhões, Marcelino Pão e Vinho e até a história do alferes Tiradentes? Depois a gente ia fazer um lanche na "Torre Eiffel", comer bolo com sorvete e tomar vitamina de frutas. Passava o dia comigo no parque municipal, na casa da tia Honorata, do tio Paulo, viajávamos sozinhas para Cataguases quando seus pais ainda eram vivos. Nossa, quanto tempo já faz isso, não é mãe? Parece que foi ontem mesmo, eu, filha única até os 10 anos. Eu tinha a você e você tinha a mim. Ganhava tantos livrinhos, tantas bonecas da moda. Os livros, Bruna rasgou. As bonecas, ela estragou. Bruna, sua filha do meio. Irmã amada, muito querida. Ela te deu uma neta, a linda e sapeca Laura. Bruna é loira. Nasceu com um belíssimo par de olhos azuis, como os avós. Aí, quando menos a gente esperava, veio a surpresa - aos 42 anos, você teve a Stéfannie. Nome que causou! Causou muita confusão e há controvérsias de quem o escolhera para o tão loiro e maravilhoso bebezinho! Hoje um mulherão, a maior de todas. No alto do seu 1,75 metro, a Teté é a filha que mais se parece fisicamente com você. Tem seus traços delicados, os olhos verdes (embora você não tenha, mamis), uma meninona. Mas quem se parece mesmo com você é o seu neto do meio. Se fosse seu filho, não pareceria tanto. Thales te puxou em quase tudo, mãe: pele branquinha, vasta cabeleira, traços finos, alto e magro como seus sobrinhos italianos...Eu sou mesmo a estranha no ninho! Pois é, mãe. Você construiu uma família. Você nos ensinou valores inestimáveis. Sua vida se baseou na força e na coragem de lutar contra as intemperanças, porque, apesar da vida tê-la presenteado com tantas coisas boas, nós sabemos que nada foi fácil. Ainda é difícil. Mãe, eu te amo muito. E sempre estarei ao seu lado, seja para darmos boas risadas, aquelas de perder o fôlego; seja para enxugar suas lágrimas naqueles dias em que você não entende que no mundo há pessoas que não merecem sequer o seu olhar, a sua atenção, o seu caráter e a sua fé. Mas mãe, Deus é grande, Ele há de ouvir as sua preces, Ele há de recompensá-la por tudo o que você faz de bom para as pessoas. Pela mãe exemplar que é, pela nora e sogra carinhosa e dedicada, pela esposa fiel, por coisas que não podem ser ditas, mas que você sabe e entende. Mãe, esta foto é do nosso passeio  a Búzios, em outubro passado. Eu te chamei de Brigitte Bardot das alterosas! Lembra-se? Linda, você é linda, mãe. Parabéns pelos seus 66 anos de uma vida bem vivida. Com carinho, sua filha

Chris

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Brinde


Todo mundo engana. A vida é feita de enganos. Os políticos enganam. Os líderes religiosos enganam. A propaganda, na sua totalidade, é feita de enganos: lançam a isca para que as pessoas, peixes, abocanhem o anzol... Mas tenho de louvar a sabedoria psicanalítica dos enganadores. Não é possível pescar usando como isca um pedaço de ferro. Só é isca aquilo que a pessoa deseja [...] Como disse o Nando, do Quarup: 'Nós nascemos para sermos adorados como deuses...'. Esse é o nosso desejo. Por isso abocanhamos a isca e somos fisgados.

Trecho do livro Pimentas.
Rubem Alves / Ed. Planeta
P.35 / 2012

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Um Poema



Eu não quero o teu corpo

Eu não quero a tua alma,

Eu deixarei intato o teu ser

A tua pessoa inviolável

Eu quero apenas uma parte neste prazer

A parte que não te pertence.


Joaquim Cardoso
Poema citado na minissérie Amores Roubados

sábado, 18 de janeiro de 2014

Amores Roubados


Bonito o final de Amores Roubados. Uma história seca como a paisagem do sertão. Sem alívio para vilões, Amores é o retrato de uma realidade que assistimos à nossa volta, na vida real. Cena de Patrícia Pilar saindo de maca ao som de Fagner - só uma coisa me entristece, o beijo de amor que não roubei - comovente. Roberto Cavalcanti (Osmar Prado) e Celeste (Dira Paes) mostrando a potência do perdão para reconstruir um casamento fadado ao fracasso. Elenco primoroso, interpretações perfeitas, como Osmar Prado que, apesar da doença que o acometeu, não se deixou abater e fez um personagem digno de aplausos. Sem contar a belíssima trilha sonora composta pela banda britância The xx, com as deliciosas baladas Intro e Angels (que já está como o toque do meu celular).

Excelente minissérie, como todas as que a Globo faz. Pena que alguns telespectadores querem ver final de novela, com tudo resolvido. As brechas deixadas são propositais, para que o público pense e até desenhe seu próprio desfecho. João (Irandhir Santos, perfeito), óbvio, ficou na miséria. Antônia deve ter dado continuidade ao trabalho na vinícola da família ( e não iria empregar João). Fortunato fugiu. Carolina, mãe de Leandro, passou a sobreviver do dinheiro que extorquiu do Dr. Cavalcanti. Deu a entender que sabia da morte do filho, por causa da previsão da cartomante: "Ele teria todas as mulheres e viveria muito, a não ser que se apaixonasse por alguma. Isabel, internada pelo marido por vingança,  saiu da clínica e junto com Antônia foi criar o neto. Ah, mas nada disso foi mostrado. Porém, foi o final que imaginei!

Sabe por que Shakespeare matou Romeu e Julieta? Para que o amor dos dois não se corrompesse como a convivência que o tempo impõe aos casais apaixonados. O amor se eterniza na morte, na sua não concretude. Fica no imaginário dos leitores. O amor não realizado é eterno. E assim será o amor de Antônia por Leandro...

P.S.: Amores Roubados foi uma minissérie baseada no livro "A emparedada da Rua Nova", do autor Carneiro Vilela.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Eu

Pretendi começar o ano fazendo algumas mudanças. Umas têm a ver com mudança de atitudes, outras, com a vaidade feminina. Decidi começar cortando: cortei velhos hábitos; a papa na língua, pessoas desinteressantes. Por último, cortei os cabelos, bem curtinho. Mas ainda travo uma briga com o espelho. Mudanças radicais requerem tempo de acostumamento. Doei roupas, doei sapatos. Doei meu tempo a pessoas queridas e a outras nem tão queridas assim. Tracei metas. Comecei decidida. Passar dos 40 é um desafio para o qual temos que nos preparar. Como se prepara para uma maratona. Ainda é janeiro, muitas coisas novas virão por aí. Quero ultrapassar a linha de chegada, mas com todas as marcas que o tempo, implacável, me permitir carregar.


domingo, 12 de janeiro de 2014

A Tigela de Madeira


Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes. A família comia reunida à mesa. Mas, as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam no momento da refeição. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, leite era derramado na toalha da mesa. O filho e a nora irritaram-se com a bagunça.

"Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai", disse o filho. "Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão."

Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação. Desde que o velho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora era servida numa tigela de madeira. Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe diziam eram admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou comida cair ao chão.

O menino de 4 anos de idade assistia a tudo em silêncio. Uma noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança:

"O que você está fazendo?" O menino respondeu docemente:

"Oh, estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem, quando eu crescer."

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Crescer


A maturidade permite que você assista ao declínio do outro sem vangloriar-se e nem debochá-lo por isso. Porque você aprendeu que aquele que fere, também é ferido um dia em igual ou maior proporção. Uma guerra fria é travada com a maior das "armas": o seu silêncio. 

Simony Thomazini

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Filho Adotivo


Com sacrifício
Eu criei meus sete filhos
Do meu sangue eram seis
E um peguei com quase um mês
Fui viajante
Fui roceiro, fui andante
E prá alimentar meus filhos
Não comi prá mais de vez...

Sete crianças
Sete bocas inocentes
Muito pobres, mas contentes
Não deixei nada faltar
Foram crescendo
Foi ficando mais difícil
Trabalhei de sol a sol
Mas eles tinham que estudar...

Meu sofrimento
Ah! meu Deus, valeu a pena
Quantas lágrimas chorei
Mas tudo foi com muito amor
Sete diplomas
Sendo seis muito importantes
Que as custas de uma enxada
Conseguiram ser doutor...

Hoje estou velho
Meus cabelos branqueados
O meu corpo está surrado
Minhas mãos nem mexem mais
Uso bengala
Sei que dou muito trabalho
Sei que às vezes atrapalho
Meus filhos até demais...

Passou o tempo
E eu fiquei muito doente
Hoje vivo num asilo
E só um filho vem me ver
Esse meu filho
Coitadinho, muito honesto
Vive apenas do trabalho
Que arranjou para viver...

Mas Deus é grande
Vai ouvir as minhas preces
Esse meu filho querido
Vai vencer, eu sei que vai
Faz muito tempo
Que não vejo os outros filhos
Sei que eles estão bem
Não precisam mais do pai...

Um belo dia
Me sentindo abandonado
Ouvi uma voz bem do meu lado
Pai eu vim pra te buscar
Arrume as malas
Vem comigo pois venci
Comprei casa e tenho esposa
E o seu neto vai chegar...

De alegria eu chorei
E olhei pro céu
Obrigado meu Senhor
A recompensa já chegou
Meu Deus proteja
Os meus seis filhos queridos
Mas foi meu filho adotivo
Que a este velho amparou...

Sérgio Reis / Ouça

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Crase

Crases geram dúvidas existenciais!


Case uma preposição feminina com um artigo feminino. Aí você terá uma crase. Mas o que é uma preposição?  É a classe gramatical que liga e estabelece sentido entre as palavras, por exemplo: a, de, com, para, ante, em, sob, etc: casa de mãe; livro sobre a mesa; colar de diamante; pé ante pé; arroz com feijão; andar a pé...Fácil. E o artigo? Os artigos fazem parte da classe gramatical que determinam o gênero e o número dos substantivos. São eles: o, a, os, as, um, uma, uns, umas. Exemplo: o açúcar; a alface, o champanhe; um médico; umas uvas; uns trocados; umas garotas.

Estou para fazer um post sobre crase há anos. Nem me lembro mais quem me pediu e eu só enrolando, porque até explicar é difícil. Ir à gramática e decorar é fácil, porque a gramática é normativa e não explicativa. É porque é e ponto. As justificativas são muito imprecisas. Por isso, a maioria das pessoas erra no emprego da crase. 

A grosso modo, podemos dizer que crase é a fusão da preposição "a" com o artigo feminino definido. Crase é o nome de um acento, assim como o til, a cedilha, o trema, o agudo e o circunflexo. A + A = À. 

AMOR À VIDA, UMA NOVELA COM CRASE. Li essa frase tão logo começou a novela. E a crase é substituída por um símbolo de coração. Por que amor à vida tem crase? Porque o substantivo AMOR necessita de um complemento, no caso, a preposição A, e porque vida é um substantivo feminino. Contudo, nem sempre haverá crase com a palavra amor. Se o substantivo não exigir o artigo, a frase ficará sem crase. Exemplo:

AMOR A DEUS. Deus é uma palavra masculina, a priori. Deus não necessita de artigo, é somente Deus. Em caso de necessidade, o artigo que precederá este substantivo concreto é o masculino, podendo até ser o indefinido: um Deus, embora isso não seja comum. Já li várias pessoas escrevendo amor à Deus (peço à Deus, louvo à Deus, oro à Deus, rezo à Deus). Tudo errado. Poderia, se for de muito desejo de quem escreve, ficar assim: amor ao Deus, peço ao Deus, louvo ao Deus, oro e rezo ao Deus). Estranho. Isso não é corriqueiro na nossa língua. Mas estilo, cada um tem o seu. 

Crase é a pedra no sapato da nossa gramática. É uma das matérias mais difíceis de ensinar e de aprender. Somente lendo muito e estudando bastante, é que algum dia reconhecemos, sem consultar, a necessidade do uso da crase. Não é quando você decora. É quando você aprende. Crase é quase comparável a uma entidade que vai chegando e tomando conta do seu corpo - você a sente. É um fenômeno saber empregar corretamente a crase. Qualquer boa gramática disponibiliza as regras básicas, mas não adianta se você não entender o que é regência verbal, regência nominal, preposição, artigo, verbo, substantivo, adjetivo, advérbio, etc. Enfim, a crase é um compêndio de todas as classes gramaticais. E suas regras são, basicamente fáceis, embora às vezes ( taí uma locução adverbial), a gente se confunde com a própria regra. 

Resumidamente, emprega-se crase:

  • ANTES DE PALAVRAS FEMININAS.
Entregamos o presente à aniversariante. (Quem entrega, entrega alguma coisa a alguém);
Eles se mostraram insensíveis à dor da perda. (Quem é insensível, é insensível a)

  • SUBSTITUA À/ÀS POR AO/AOS. SE DER CERTO, CRASE.

Assistimos ao filme com desprezo / Assistimos à peça com desprezo. (Quem assiste, assiste a alguma coisa)

  • CONCORDE NÃO APENAS COM O GÊNERO, MAS TAMBÉM COM O NÚMERO.

É difícil amar a todos. (AMAR não exige preposição e todos é palavra masculina no plural.) Jamais escreva -  amei à todos igualmente; obedeci à todos cegamente, etc. Também não existe a forma "amar a todas",  porque a preposição está no singular e o pronome indefinido está no plural. Todavia, em  "À toda mentira haverá uma punição" é perfeitamente normal o emprego da crase (por causa do verbo punir).

  • ANTES DE LOCUÇÕES ADVERBIAIS 
Vamos nos encontrar à noite, à tarde, às vezes...
Vire à direita, à esquerda. Ele faz curso à distância...
É bom ficar à toa; esteja à vontade; fugiram às pressas...
Esteja à frente do seu tempo; ficou à procura do príncipe encantado e não o encontrou... 
À medida que o tempo passa, envelhecemos; a pobreza cresce à proporção da desigualdade social.

  • EM NOME DE CIDADES QUE EXIGEM O ARTIGO FEMININO. 

Aprenda o macete: voltar da =  com crase / voltar de = sem crase

Chegaram às Minas Gerais cheios de esperanças (Voltaram das Minas Gerais);
Moradores prestaram homenagem a Curitiba. (Voltar de Curitiba).

  • ANTES DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS PRECEDIDOS DA PREPOSIÇÃO A.

Àqueles que não gostam de mim, apenas duas palavras: sinto muito!
Iremos àquela festa com prazer.

Nunca use crase:


  • ANTES DE NOMES MASCULINOS

Fizemos uma grande compra para pagarmos a prazo. (Atenção: comprar à vista tem crase)
Todas as joias pertencem a Pedro.

  • ANTES DE VERBOS NO INFINITIVO

O coral se pôs a cantar músicas eruditas.
Durante a tempestade, começou a trovejar forte e também a cair muitos raios.

  • ANTES DE NUMERAL *

As passagens aéreas chegaram a 50% de aumento.
A fazenda fica a duzentos quilômetros da capital.

* No caso de horas exatas o uso da crase é obrigatório: O voo partiu às 15 horas. 

Em cinco casos, porém, não há crase nesse "a" que acompanha horas: quando antes dele há as preposições "até", "após", "desde", "entre" e "para":  Os ingressos serão vendidos até as 18 horas; os portões serão fechados após as 7:30.

  • ANTES DE PRONOMES PRECEDIDOS DE ARTIGOS

Os livros foram oferecidos a mim.
Dei a ela a merecida recompensa.

  • ANTES DE LOCUÇÕES ADVERBIAIS FORMADAS POR PALAVRAS REPETIDAS.

Eles estiveram frente a frente.
O sujeito esteve cara a cara com a morte.
A moça sorriu de orelha a orelha. 


Casos que requerem atenção:

  • USA-SE CRASE ANTES DA PALAVRA CASA, DESDE QUE NÃO SEJA A SUA.

Cheguei a casa muito cansado. (É considerado errado dizer cheguei em casa, pois, quem chega, chega a algum lugar e  não chega em algum lugar).


Chegamos à casa de Vitória com alguns minutos de atraso.

  • USE-SE CRASE ANTES DA PALAVRA TERRA QUANDO ESTÁ NO SENTIDO DE PLANETA  E TERRA NATAL. NUNCA ANTES DE TERRA FIRME. 

Os astronautas retornaram à Terra após longa jornada no espaço.
Viajarei à terra dos meus antepassados. 
Após longa viagem de navio, regressamos a terra. (sem crase)

  • NÃO SE DEVE COLOCAR CRASE ANTES DE LOCUÇÕES ADVERBIAIS DE MEIO OU INSTRUMENTO.

Escrever a lápis, a caneta, a mão, a máquina, etc. 
Matou o assaltante a facada, a tiros, a paulada, etc.

  • USA-SE CRASE EM LOCUÇÕES PREPOSITIVAS NO MASCULINO DESDE QUE ESTEJA IMPLÍCITO O SENTIDO DE À MODA DE, À MANEIRA DE, ETC. 

Saiu da festa à francesa. 
Ela se vesta à rainha Vitória.

Bom, caríssimos leitores, anônimos e declarados. Eis aqui um árduo trabalho feito para tentar ajudar àqueles que tenham dúvidas no emprego da crase. Não sei se ajudei ou atrapalhei. Não fiz tudo da minha cabeça. Tive ajuda das antigas e excelentes gramáticas como também do google, nossa eterna enciclopédia virtual. Evidente que muitos casos ficaram de fora. Mas nada que uma boa busca online não solucione. Se porventura alguém detectar algum erro, peço gentilmente que me o aponte. Eu mesma já empreguei crase erroneamente, por várias vezes.

Até mesmo cheguei a corrigir pessoas que estavam certas. Lembro-me de que, há alguns anos, enganei-me na correção de duas sentenças envolvendo crase. Uma delas estava escrita a frase com a expressão "vale a pena." Eu disse que era um caso obrigatório de crase. Todavia, eu estava equivocada.  "Se vale o sacrifício é porque vale a pena.", sem crase.

Crase aprende-se com estudo, leitura, escrita e, acima de tudo, com o tempo!

sábado, 4 de janeiro de 2014

Despenteie-se


Decidi aproveitar a vida com mais intensidade. O mundo é louco, definitivamente louco… O que é bom, engorda. O que é lindo, custa caro. O sol que ilumina o teu rosto, enruga. E o que é realmente bom nesta vida, despenteia.

- Nadar - despenteia
- Pular - despenteia.
- Tirar a roupa - despenteia.
- Brincar - despenteia.
- Dançar - despenteia.
- Dormir - despenteia.
- Beijar com ardor - despenteia.

É a lei da vida: Vai estar sempre mais despenteada a pessoa que decide andar na montanha russa, que aquela que decide não subir. Por isso, a minha recomendação a todas as pessoas: Entrega-te, come coisas gostosas, beija, abraça,dança, apaixona-te, relaxa, viaja, salta, dorme tarde, acorda cedo, corre, voa, canta, arranja-te para ficares linda, arranja-te para ficares confortável, admira a paisagem, aproveita, e acima de tudo: deixa a vida despentear-te! O pior que pode acontecer é que precises de te pentear de novo!

(Desconheço a autoria)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Me cansei de lero-lero

"Eu quero é mais saúde... Me cansei de escutar opiniões!"

Blablablá - feliz ano novo; blablablá mude, mas comece devagar; blablablá plante boas sementes de paz, amor, etc; blablablá vamos esquecer o que foi ruim em 2013; blablablá Caio Fernando Abreu, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade; Martha Medeiros, Augusto Cury; Tati Bernardi; blablablá! Todo ano a mesma ladainha e ninguém faz nada para mudar a si mesmo!

P.S.: Adoro todos os autores acima citados. Não é nada pessoal!