segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

The End


Marcas do que se foi
Sonhos que vamos ter
Como todo dia nasce
Novo em cada amanhecer...


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Pedra Flor Espinho

Não necessariamente nesta ordem...


Sabe aquele ano em que você fica contando os milésimos de segundo para terminar logo? Pois é, esse ano é 2012. Disseram os maias que ele acabaria no dia 21 deste mês, entretanto, cá estou  eu escrevendo e cronometrando as horas finais para o semestre mais difícil e doloroso, quiçá, da minha vida!

Perder faz parte do jogo. Neste ano eu tive muitas perdas. Perdas físicas, perdas emocionais, perdi pessoas para os desentendimentos e equívocos, perdi pessoas para Deus. Passei por algumas cirurgias, quase fiquei sem meu dedo do pé. Até parece soar engraçado, mas é verdade. Em março, aconteceu a primeira e mais dolorosa intervenção: arrancaram minha unha pela raiz. Motivo: barbeiragem da pedicure. Resultado: hospital, anestesia, cirurgião e um quase mutilamento. Veio maio e, mais uma vez, me arrancaram algo: um dente! Motivo: barbeiragem de vários dentistas que não souberam diagnosticar uma fratura externa. Somente um iluminado profissional da área de buco-maxilo foi capaz de desconfiar do acontecido. Como esse dente foi fraturado? Vai saber, né. De cadeira em cadeira, até canal fizeram no tal dente. Inútil. Me arrumaram só mais um problema - fazer canal em um dente perdido por uma rachadura não vista a olho nu. Somente uma tomografia a identificou. Após a extração do segundo molar e meses de idas intermináveis ao dentista, o problema foi resolvido com um implante. Dentistas me causam pânico. Será por quê?


Com a chegada do inverno, sentimos o efeito gelado das relações findas. E assistimos, entristecidos, um casal muito próximo se separar. A dor é fria. Corta como gelo. Choramos, lamentamos e seguimos para julho divididos entre a tristeza de uma separação e a alegria das celebrações de formatura na família. Em meio a cerimônias e bailes, minha mãe teve uma crise de labirintite ao se levantar de madrugada para beber água e se estabacar no chão, batendo com a cabeça e ficando desacordada, inconsciente. Saiu de casa naquela madrugada fria, levada ao pronto socorro pelo SAMU, no dia 10 daquele mês. No mesmo dia em que a minha irmã começaria seu ritual de conclusão do curso de Direito. Noites longas passei ao lado dela, sentada em uma cadeira improvisada para acompanhantes. Minha mãe não sabia onde estava e nem o que havia acontecido. Falava enrolado, não reconhecia as pessoas, não queria ficar no hospital. E julho não foi o meu mês de férias escolares...

Sempre quis ter o poder de dar um salto no tempo. Especialmente, gostaria de ter plenos poderes para tirar agosto do calendário. Sei lá, acelerar a máquina do tempo, mudar o mês de nome. Enfim, eu e minhas superstições. Já no dia primeiro, minha tia fez aniversário. A mãe da Luciana e da Juliana, minhas primas queridas. Oba, pensei, pelo menos em agosto há muitos aniversários! No dia 15, minha avó completou 87 anos. Gracinha demais, muito fofa. Fiz uma postagem, compartilhei no Facebook, depois li pra ela todas as mensagens que as pessoas deixaram. Vovó ficou alegre, sem entender, portanto, essa tal de internet. Já nos finalmentes, faltando apenas um dia para agosto chegar ao fim, morre a Síglia, minha cunhada. Doce Síglia, que saudade... Agosto continuará sendo, indefectivelmente para mim, o mês do desgosto.


Beto Guedes imortalizou o nono mês do ano com a sua melódica "Quando entrar setembro..." Uma canção de encher os ouvidos. E como eu gosto de setembro, o mês da primavera, flores, frio chegando ao fim, ah! doce setembro. Sem entrar em detalhes, posso apenas dizer que fiz minha terceira cirurgia. Maior e mais delicada do que as anteriores. Fiquei um mês de licença médica, tive uma excelente recuperação, livrei-me de um problema que há anos me atormentava. Passei setembro em contemplação: pela sacada do apartamento, observava as árvores da rua em início de floração, a jardineira abarrotada de flores, o céu de um profundo azul-turquesa. Foi o mês do repouso, perfeito para guardar as energias que seriam gastas em outubro. E que outubro!


Um raio é capaz de cair duas vezes no mesmo lugar, sim. E não foi que, mais uma vez, tive minha unha do pé infeccionada? Não só a do pé direito, mas o do esquerdo também. Dessa vez dei o grito. Exigi que o salão pagasse pelo tratamento. E fiquei por mais de 30 dias indo à podóloga para não ter que voltar ao hospital. Um tratamento mais demorado e caro, porém, bastante eficiente.   Depois disso, faço eu mesma as unhas dos meus pés. Chega! Ninguém merece! Nesse meio tempo, minha avó começou a demonstrar sinais de que sua saúde estava debilitada. Logo ela, que nunca soube na vida o que é ter uma dor de cabeça. Passou por uma bateria de exames e relatório médico  diagnosticou uma neoplasia intestinal. A palavra neoplasia não mudaria e nem amenizaria as consequências da doença. Não mudaria o fim desta história...












A gente nunca acredita que as coisas que acontecem com os outros possam acontecer conosco. E, pela primeira vez na minha vida, eu estava diante da possibilidade de perder alguém da minha família. Pessoa do primeiro escalão, do time de estrelas. Que reboliço foram os dias de novembro. A notícia se espalhou e os parentes iam, em doses homeopáticas, visitar minha avó. Era um ritual de despedida. Além dela mesma, que acreditava numa cura, cuja fé era inabalável, ninguém mais conseguia, por mais que tentasse, pensar que a situação fosse revertida. Aos 87 anos, parecia algo impossível. Não para Deus, porém... Encarar a verdade dos fatos é muito difícil. Os médicos foram taxativos - a cirurgia é de risco. Não fazê-la, porém, será fatal! Chorei. Choramos. Ela também chorou. Na manhã do dia 18, eu, Luciana e minha tia Aparecida, a filha mais velha da minha avó, saímos com ela para interná-la no Hospital das Clínicas. Ao entrar no carro, virou-se para seu companheiro e disse - "Eu volto". Em 20 de novembro, foi submetida a uma cirurgia para a retirada do tumor. No dia 27, meu pai, o filho do meio, completou 65 anos. E novembro chegou ao fim. E minha avó continuava no CTI, lutando pela vida.


Tristes e aflitos, iniciamos o mês de dezembro em peregrinação. Íamos visitá-la no hospital,  nos revezando diariamente. Saíamos durante o expediente de trabalho, autorizados pelos nossos chefes, para não deixá-la sozinha no único horário em que visitas eram permitidas - às 16 horas. Tudo isso acontecendo ao mesmo tempo em que dezembro, várias pessoas fazem aniversário na família - Bruna, Matheus, meu avô. E o medo de que uma data dessa ficasse marcada pela partida da nossa amada vozinha. Mas ela esperou pelo dia de Nossa Senhora Imaculada Conceição. Foi num sábado, feriado. Telefone tocou às 7 da manhã. Pulei da cama. Humberto já havia atendido. Eu já sabia. Confirmou-se a notícia. Minha avó não resistira. Também não se entregou facilmente. Forte e guerreira. Recebeu todas as honras em sua cerimônia de despedida. Meu avô dava sinais de que não iria aguentar tanta dor. Ele penteou os cabelos dela, seus brancos e lisos cabelos. Lamentou por não ter sido ele a morrer e desejou ter ido junto. Chorou e o seu choro comoveu a todos. 70 anos de união e meu avô acreditando que sua esposa estava ali, sentindo frio e fome. E, no fim, na hora do último adeus, ele disse aquelas palavras: "Vai com Deus". 


Hoje faz 20 dias que estamos sem ela. Dezembro ainda não terminou.












Final do tratamento com a podóloga. Me perguntaram se era piercing no pé. Não, chama-se button ortodôntico e tem o objetivo de levantar a unha e ajudar no crescimento da parte que foi arrancada.   Eu que achava o número 12 o meu número da sorte... Ah, 2012!

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Dona Canô

"Quem não rezou a novena de Dona Canô?"

Dona Canô aos 9 anos de idade

Claudionor Viana Teles Velloso
* 16.09.1907
* 25.12.2012

So this is Christmas





Olá amigos do blog! Então. . . É Natal! Já não importa muito o que "fizemos", pois o foco do momento é o olhar pro futuro. Então, eu gostaria de pedir que se fizessem valer de fato e de atos, agora e adiante, todas as mensagens de carinho e esperança ditas, escritas e compartilhadas. Que sejamos capazes de amar o próximo- verdadeiramente -, a nossa família, os nossos amigos e, quem sabe, os nossos inimigos! Sejamos capazes de compreendermos e respeitarmos os nossos limites para que entendamos os limites do outro; que possamos perdoar as falhas alheias e as nossas também; que saibamos tirar o peso excessivo e desnecessário de fardos das experiências difíceis pelas quais passamos e que a esperança não seja apenas uma palavra que enfeite árvores e cartões natalinos: que ela esteja conosco e nunca se perca. 

Aproveitando a ocasião onde reina o espírito de paz e de fraternidade, quero deixar algumas palavras mágicas para cada um que faz parte do meu cotidiano virtual. Para aqueles com os quais convivo e são visitantes assíduos (Juliana, Beto, Marília...), para aqueles que me acompanham online (incluindo os que me  ignoram nas redes sociais e vêm aqui para saber da minha vida; aos que criaram  profiles fakes para me visitarem nessas mesmas redes) e para outros que não vejo há tempos -  recebam e pratiquem: Amizade, Respeito, Consideração, Lealdade, Discernimento, Saúde e Paz... É o meu presente para você. Abraço afetuoso.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Fernanda . . . Once More




Estar bem e feliz é uma questão de escolha e não de sorte ou mero acaso. É estar perto das pessoas que amamos, que nos fazem bem e que nos querem bem.

É saber evitar tudo aquilo que nos incomoda ou faz mal, não hesitando em usar o bom senso, a maturidade obtida com experiências passadas ou mesmo nossa sensibilidade para isso.

É distanciar-se de falsidade, inveja e mentiras. Evitar sentimentos corrosivos como o rancor, a raiva, e as mágoas que nos tiram noites de sono e em nada afetam as pessoas responsáveis por causá-los. É valorizar as palavras verdadeiras e os sentimentos sinceros que a nós são destinados. 

E saber ignorar, de forma mais fina e elegante possível, aqueles que dizem as coisas da boca para fora ou cujas palavras e caráter nunca valeram um milésimo do tempo que você perdeu ao escutá-las.

Fernanda Young

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Minha Avó Nina



Que mulher é essa? Qual era o seu segredo? O que se escondia atrás do seu olhar? O que queria nos dizer o silêncio misterioso, impresso em sua face sinuosamente marcada pelos muitos anos vividos? Ah, doce pessoa! Você e seus mistérios sem fim... Você e a sua fé inabalável, seu amor imensurável que transcendia o limite da lógica.

Por quê, doce senhora, por que de nós, tão rápido, Deus a tirou? Certamente foi para encantar o paraíso ainda mais - como se isso fosse possível. Levou-a em questão de dias e... Que dias! Todos tristes à espera de um milagre. Mas a nossa ignorância não nos permite perceber que o milagre foi feito. E você, doce pessoa, cumpriu com muita dignidade a sua missão entre nós.

Que mulher era essa? Mãe zelosa, avó adorada, esposa amada, irmã generosa, amiga honrada! A gentil senhora das panelas cheias, da comida deliciosa, cuidadosamente preparada para que nos refestelássemos com seu sabor incomparável. A senhorinha do café com o aroma mais agradável que alguém possa ter sentido. 

A encantadora velhinha com suas frases de efeito - "Mas que ideia cor-de-rosa!". O seu gosto muito especial por músicas e a preferência declarada por Besame Mucho, Fale Baixinho, Sibonei, Boate Azul. O bailado solitário das valsas e dos boleros em rodopios pela sala, como bailarina sem par. Todas ao som de fitas K7 do seu sonzinho portátil. 

Sabe quem era essa mulher? A pessoa mais querida e sensacional que alguém possa ter conhecido. Ela era minha avó e minha mãe. Nasci e me criei em seu lar. O vazio que ela deixou jamais será preenchido. Mas o tempo, caprichoso que é, nos fará entender a aceitar a sua morte, a sua passagem. Afinal, ela está logo ali, do outro lado da porta!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

No meio do caminho tinha uma data. No meio do caminho houve uma perda. Peço licença à minha dor para neste momento me desligar do luto e celebrar os 94 anos de vida deste homem, exemplo de bravura, força e fé. Meu avô Antônio...

sábado, 8 de dezembro de 2012

Nunca senti uma dor tão intensa. Sem palavras para o momento. Só saudade...


Izolina de Moraes Teotônio
* 15  de  agosto  de  1925
* 08 de dezembro de 2012


Nasceu e morreu em dias santos. 15 de agosto e 8 de dezembro são feriados em Belo Horizonte. No primeiro, comemora-se a padroeira da cidade, Nossa Senhora da Boa Viagem. No segundo, dia de Nossa Senhora da Conceição. Católica, devotíssima de Nossa Senhora, do Divino Pai Eterno e de Santa Faustina. Sua chegada e sua partida não poderiam ter sido em dias diferentes. 

Atualizado em 29 de dezembro de 2012

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Matheus


Eu tinha 21 anos quando ele nasceu... E hoje ele está completando 21 anos! Matheus, um filho maravilhoso, motivo de muito orgulho para mim, para seu pai e seu irmão. Parabéns, meu jovem! Te amamos muito!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Oscar Niemeyer



Há que se respeitar uma pessoa que vive por 104 anos. Na verdade, ele morreu faltando apenas dez dias para completar 105. Oscar Niemeyer, o arquiteto das "curvas", o gênio imortalizado em suas obras. Em Belo Horizonte pode-se ver vários edifícios projetados por ele - o da Praça da Liberdade, o complexo arquitetônico da Lagoa da Pampulha, no qual seu maior e mais belo expoente é a Igrejinha de São Francisco. Tem também a Casa do Baile, o Museu de Arte e, recentemente, todo o complexo de obras da Cidade Administrativa. Isso somente para citar Minas Gerais. 

Oscar Niemeyer nasceu em 1907. Foi amigo de personalidades ilustres, era ateu. Portanto, não é de bom tom dizer para ele ir com Deus. Carioca, pai de uma uma única filha - Anna Maria,  falecida aos 82 anos, em junho deste ano. O mestre da arquitetura partiu. Para nós ficam sua arte, sua genialidade, as lições de sua longa e bem vivida - Vida! Esteve por muito tempo entre nós, atravessou gerações e gerações, rompeu um século inteiro. Há que receber os nossos aplausos. A galeria da "Saudade" está cada vez maior... Que descanse em paz!

Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares
*15 de dezembro de 1907
*05 de dezembro de 2012

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

O Arroz de Palma




Família é prato difícil de preparar. São muitos ingredientes. Reunir todos é um problema... Não é para qualquer um. Os truques, os segredos, o imprevisível. Às vezes, dá até vontade de desistir...Mas a vida sempre arruma um jeito de nos entusiasmar e abrir o apetite.

O tempo põe a mesa, determina o número de cadeiras e os lugares. Súbito, feito milagre, a família está servida. Fulana sai a mais inteligente de todas. Beltrano veio no ponto, é o mais brincalhão e comunicativo, unanimidade. Sicrano, quem diria? Solou, endureceu, murchou antes do tempo. Este é o mais gordo, generoso, farto, abundante. Aquele, o que surpreendeu e foi morar longe. Ela, a mais apaixonada. A outra, a mais consistente...Já estão aí? Todos? Ótimo. Agora, ponha o avental, pegue a tábua, a faca mais afiada e tome alguns cuidados. Logo, logo, você também estará cheirando a alho e cebola. Não se envergonhe de chorar.

Família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza. Primeiro cuidado: temperos exóticos alteram o sabor do parentesco. Mas, se misturadas com delicadeza, estas especiarias, que quase sempre vêm da África e do Oriente e nos parecem estranhas ao paladar tornam a família muito mais colorida, interessante e saborosa. Atenção também com os pesos e as medidas. Uma pitada a mais disso ou daquilo e, pronto: é um verdadeiro desastre.

Família é prato extremamente sensível. Tudo tem de ser muito bem pesado, muito bem medido. Outra coisa: é preciso ter boa mão, ser profissional. Principalmente na hora que se decide meter a colher. Saber meter a colher é verdadeira arte. Uma grande amiga minha desandou a receita de toda a família, só porque meteu a colher na hora errada. O pior é que ainda tem gente que acredita na receita da família perfeita. Bobagem. Tudo ilusão. Não existe Família à Oswaldo Aranha; Família à Rossini, Família à Belle Manière; Família ao Molho Pardo (em que o sangue é fundamental para o preparo da iguaria). Família é afinidade, é à Moda da Casa. E cada casa gosta de preparar a família a seu jeito. Há famílias doces. Outras, meio amargas. Outras apimentadíssimas. Há também as que não têm gosto de nada, seria assim um tipo de Família Dieta, que você suporta só para manter a linha. Seja como for, família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir.

Enfim, receita de família não se copia, se inventa. A gente vai aprendendo aos poucos, improvisando e transmitindo o que sabe no dia a dia. A gente cata um registro ali, de alguém que sabe e conta, e outro aqui, que ficou no pedaço de papel. Muita coisa se perde na lembrança. Principalmente na cabeça de um velho já meio caduco como eu. O que este veterano cozinheiro pode dizer é que, por mais sem graça, por pior que seja o paladar, família é prato que você tem que experimentar e comer. Se puder saborear, saboreie. Não ligue para etiquetas. Passe o pão naquele molhinho que ficou na porcelana, na louça, no alumínio ou no barro.

Aproveite ao máximo. Família é prato que, quando se acaba, nunca mais se repete.

Trecho do livro de Francisco Azevedo.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Bruna

A aniversariante do dia... Que dezembro possa nos trazer paz e confortar os nossos corações. Amo muito você! Desejo-lhe toda a felicidade do mundo! 


Madrugada do dia 3... Ouço o violino de Fale Baixinho. Choro. Imagino minha vozinha naquele leito de hospital em uma luta ferrenha pela vida. Sofrida, irreconhecível, quase um anjo. Só o céu pode nos ouvir, vó... Foi tudo tão de repente. Eu não consigo expressar em palavras o que sinto. É tudo muito triste. E se a senhora não voltar pra casa, como vai ser?