sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Grão de Amor

Me deixe sim
Mas só se for
Pra ir ali
E pra voltar


Me deixe sim
Meu grão de amor
Mas nunca deixe
De me amar

Agora as noites são tão longas
No escuro eu penso
Em te encontrar
Me deixe só
Até a hora de voltar

Me esqueça sim
Pra não sofrer
Pra não chorar
Pra não sentir

Me esqueça sim
Que eu quero ver
Você tentar
Sem conseguir

Ouça: http://www.youtube.com/watch?v=rYloK0DJ5pY
(Marisa Monte e Arnaldo Antunes)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Protesto

Enquanto o ser humano não tomar consciência de que é responsável direto pelo planeta em que habita, tragédias acontecerão. Não é "culpa" da natureza, é reflexo dos maus tratos sofridos por ela. Eu sou educadora e ensino para meus alunos que preservar o meio ambiente não é apenas estudar as paisagens dos livros didáticos, nem se chocar com as figuras das enchentes estampadas nas capas dos jornais.

Preservar o meio ambiente começa por saber se auto-preservar, como manter bons hábitos de higiene. É preciso também compreender que o seu lixo não é pouquinho e por isso não vai prejudicar a natureza se ele jogar um papelzinho na rua, ou uma latinha de refrigerante, ou seja lá o que for.

Culpo veementemente o governo, o Estado, por não promover campanhas efetivas de conscientização. E, se promovem, não atingem o grande público. Quem sabe se começarem a multar quem joga entulhos de construção na beira das estradas ou nos canteiros das praças. Aqui em BH é assim. Os caçambeiros recebem para depositar os entulhos nos aterros sanitários, porém, na calada da noite despejam tudo nas áreas públicas.

Os bueiros entopem, as ruas viram rios. As casas são alagadas, os morros deslizam. Pessoas morrem dormindo, perdem-se vidas e mais vidas. E a culpa é de quem? Do prefeito? Do governador? Do presidente? Não. Os garis passam todos os dias limpando as ruas. Mas o lixo continua lá, após seu árduo dia de trabalho. Há lixeiras colocadas estrategicamente ao longo das vias públicas? Não. Então guarde seu lixo na bolsa (como eu faço) ou no bolso da sua calça, se vira.  Todos nós somos culpados, pois não sabemos nem temos interesse em aprender a reciclar o lixo da nossa casa. Somos culpados porque achamos que as "vassourinhas" são pagas para limpar nossa sujeira urbana. O pensamento de um povo reflete bastante o desenvolvimento de um país.

Os brasileiros instituíram que o Governo tem que dar conta de tudo. Mas a parte que cabe ao povo é ignorada. Depois não adianta chorar nem se comover com os dramas mostrados na televisão.
Respeite o meio ambiente e aprenda a receber as dádivas da nossa mãe natureza.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Decifra-me


Não me venha falar de razão,
Não me cobre lógica,
Não me peça coerência,
Eu sou pura emoção.

Tenho razões e motivações próprias,
Sou movido por paixão,
Essa é minha religião e minha ciência.
Não meça meus sentimentos,
Nem tente compará-los a nada,
Deles sei eu,
Eu e meus fantasmas,
Eu e meus medos,
Eu e minha alma.
Sua incerteza me fere,
Mas não me mata.

Suas dúvidas me açoitam,
Mas não deixam cicatrizes.
Não me fale de nuvens,
Eu sou Sol e Lua,
Não conte as poças,
Eu sou mar,
Profundo, intenso, passional.
Não exija prazos e datas,
Eu sou eterno e atemporal.

Não imponha condições,
Eu sou absolutamente incondicional.
Não espere explicações,
Não as tenho, apenas aconteço,
Sem hora, local ou ordem.
Vivo em cada molécula,
Sou o todo e sou uno,
Você não me vê,
Mas me sente.

Estou tanto na sua solidão,
Quanto no meu sorriso.
Vive-se por mim,
Morre-se por mim,
Sobrevive-se sem mim.
Eu sou começo e fim,
E todo o meio.

Sou seu objetivo,
Sua razão que a razão
Ignora e desconhece.
Tenho milhões de definições,
Todas certas,
Todas imperfeitas,
Todas lógicas apenas
Em motivações pessoais,
Todas corretas,
Todas erradas.

Sou tudo,
Sem mim, tudo é nada.
Sou amanhecer,
Sou Fênix,
Renasço das cinzas,
Sei quando tenho que morrer,
Sei que sempre irei renascer.

Mudo protagonista,
Nunca a história.
Mudo de cenário,
Mas não de roteiro.

Sou música,
Ecoo, reverbero, sacudo.
Sou fogo,
Queimo, destruo, incinero.
Sou água,
Afogo, inundo, invado.

Sou tempo,
Sem medidas, sem marcações.
Sou clima,
Proporcional a minha fase.
Sou vento,
Arrasto, balanço, carrego.

Sou furacão,
Destruo, devasto, arraso.
Mas sou tijolo,
Construo, recomeço...
Sou cada estação,
No seu apogeu e glória.

Sou seu problema
E sua solução.
Sou seu veneno
E seu antídoto
Sou sua memória
E seu esquecimento.

Eu sou seu reino, seu altar
E seu trono.
Sou sua prisão,
Sou seu abandono e
Sou sua liberdade.

Sua luz,
Sua escuridão
E seu desejo de ambas,
Velo seu sono...
Poderia continuar me descrevendo
Mas já te dei uma idéia do que sou.
Muito prazer, tenho vários nomes,
Mas aqui, na sua terra...
Chamam-me de AMOR.
 
(Autoria Desconhecida)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Restauração


Recebi este texto por e-mail, da minha prima Luzia. Eu o achei lindo e gostaria de compartilhá-lo com você. Sempre há alguém por perto necessitando de palavras bonitas. Vale a pena ler.


Eu era uma mesa novinha e bonita. Feita pelas mãos do melhor carpinteiro do mundo. Fui entalhada com amor e com matéria-prima de qualidade. Nasci forte. Meus detalhes foram esculpidos com sentimento e com o carinho das mãos do meu pai. Não há outra mesa como eu em toda Terra.

Participei de bons momentos. Ajudei muito. Estive presente nos tempos de alegria e nos tempos de dificuldade. Sempre firme, segurando a tudo e a todos. Jamais rejeitei uma carga, mesmo que estivesse acima da minha capacidade.

Quanto significado eu tive na vida dos que me rodeavam! Participei do progresso, da luta. Recebi lágrimas e risos. Sempre me doei e sei que se não estivesse ali, faria muita falta. Mas, como sempre estava, quase nunca era notada.

E assim transcorreu minha vida. Como a vida da maioria das mesas: sempre muito participante, cooperando, mas sem reclamar muitos cuidados. Afinal, a função da mesa é servir. Mas o tempo passou e, com ele, e a falta de cuidado, fui me desgastando. Minhas quinas um pouco rachadas tornaram-se ásperas.

Às vezes, acabava ferindo alguém, mas não era de propósito. Talvez, se tivessem me restaurado no início, eu voltasse a ser bela e útil como antes. Mas a vida é tão corrida e não há tempo a perder com restaurações. Mesmo apesar do desgaste, do mau uso e da falta de cuidado, prossegui em minha missão, doando o melhor de mim.

As pessoas ao redor se acostumaram com minhas arestas e, para evitar um ferimento, desviavam-se de mim. Quando necessitavam, chegavam com cautela para que não houvesse atrito entre nós. Apesar do meu esforço em resistir, pude perceber que algo me roía por dentro. Já não tinha a mesma força de antes.

Sentia minhas pernas fraquejarem ao menor peso. Meu tampão antes tão belo e forte, agora cheio de manchas e rabiscos, parecia afundar em si mesmo. Senti medo, pois não sabia o que estava acontecendo, mas ainda queria servir e continuar ali presente.

Um dia, quase sem perceber, desmoronei. O peso era pequeno, mas para mim parecia uma tonelada! Quebrei o que estava sobre mim e também algumas coisas à minha volta.

Feri os que eu mais amava, pois estavam mais próximos na hora da queda. Todos me olharam com espanto, alguns até com indignação, outros com raiva. Ninguém esperava aquilo. Nem eu. Mas já havia sido devorada em meu interior, por bichinhos rápidos e silenciosos chamados "cupins".

Os cupins costumam deixar uma "sujeirinha", mas a pressa, às vezes, nos impede de parar e socorrer a mesa antes que ela desabe. Afinal, ela ainda está servindo para a sua finalidade...

Esse cupim se chama DEPRESSÃO. E essa mesa poderia ser eu, poderia ser você, ou sua mãe que lhe importuna, ou seu avô que reclama demais, ou seu filho rebelde, ou sua namorada ciumenta, ou seu marido ausente e pessimista...

Relendo a história da mesa, você poderá considerar sua própria vida, e a vida daqueles que a cercam. Mesmo que sua mesa tenha caído, mesmo que ela tenha quebrado muitas coisas e pareça imprestável; mesmo que vá dar muito trabalho consertá-la, CONSERTE-A!

Não descarte seus pais, seus filhos, seu cônjuge, seus amigos. Não descarte a si mesmo! É possível a restauração! A pessoa deprimida é aquela que doou tudo de si, que se esvaziou por completo para alcançar algo que ela considerava um bem... A pessoa deprimida precisa de companhia. Alguém que ajude a encontrar o melhor material para preencher os vazios que a depressão causou. Que ajude a aparar as arestas. Alguém que a queira nova outra vez. Se, para todo bem, há uma participação divina, Deus neste momento está providenciando o necessário para que você encontre forças e alternativas para ajudar.

Se você está em depressão, erga os olhos. A ajuda vem do alto. Mas também vem dos lados: de um abraço, uma conversa, uma carta, um e-mail. Lembre-se de que, para Deus, tudo é possível.

É POSSÍVEL VOLTAR A SER UMA MESA NOVA!

"A depressão é uma travessia. Ela pode durar muito ou pouco. Mas, em qualquer das hipóteses, fica mais fácil na companhia de Deus, da família e dos amigos verdadeiros".

[Autoria Desconhecida]

Semelhança


Não é que o desenho das férias se parece mesmo com Tiradentes?




segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Saindo de Férias


Queridos Leitores,
Estou saindo de férias.
Eu e minha família vamos passear em Tiradentes.
2010 promete ser muito bom!
Até a volta....

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Para Começar 2010




Eu gosto de gente que vibra, que não tem de ser empurrada, que não tem de dizer que faça as coisas, mas que sabe o que tem que fazer e que faz. A gente que cultiva seus sonhos até que esses sonhos se apoderam de sua própria realidade.
Eu gosto de gente com capacidade para assumir as consequências de suas ações, de gente que arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, que se permite, abandona os conselhos sensatos deixando as soluções nas mãos de Deus.
Gosto de gente que é justa com sua gente e consigo mesma, da gente que agradece o novo dia, as coisas boas que existem em sua vida, que vive cada hora com bom ânimo dando o melhor de si, agradecido de estar vivo, de poder distribuir sorrisos, de oferecer suas mãos e ajudar generosamente sem esperar nada em troca.
Eu gosto da gente capaz de me criticar construtivamente e de frente, mas sem me lastimar ou me ferir. Da gente que tem tato.
Gosto da gente que possui sentido de justiça.
A estes chamo de meus amigos.
[...]
Gosto de gente sincera e franca, capaz de se opor com argumentos razoáveis a qualquer decisão.
Gosto de gente fiel e persistente, que não descansa quando se trata de alcançar objetivos e ideias.
Me encanta a gente que é capaz de entender que o maior erro do ser humano é tentar arrancar da cabeça aquilo que não sai do coração.
A sensibilidade, a coragem, a solidariedade, a bondade, o respeito, a tranqüilidade, os valores, a alegria, a humildade, a fé, a felicidade, o tato, a confiança, a esperança, o agradecimento, a sabedoria, os sonhos, o arrependimento, e o amor para com os demais e consigo próprio são coisas fundamentais para se chamar gente.
Com gente como essa, me comprometo, para o que seja, pelo resto de minha vida… já que, por tê-los junto de mim, me dou por bem retribuído.
Obrigado por ser parte dessa gente!
E isso é algo que muito pouca gente tem o privilégio de por experimentar.
Bem aventurados aqueles que já conseguiram receber com a mesma naturalidade o ganhar e o perder, o acerto e o erro, o triunfo e a derrota…
 
[Texto de Mário Benedetti - trechos]