sábado, 28 de abril de 2012

Música

Aproveite o fim de semana prolongado, ouça uma boa música, relaxe! Há sempre coisas boas para acontecer na sua vida!


quinta-feira, 26 de abril de 2012

Gustavo Ioschpe

A seguir, trechos de um artigo do economista e especialista em Educação Gustavo Ioschpe.


        [...] A grande maioria dos nossos intelectuais e legisladores não têm experiência administrativa, e acreditam ser possível resolver qualquer problema criando uma lei.  Eles criaram um sistema com um currículo imenso, sistemas de livros didáticos em que o objetivo até das disciplinas científicas é formar um cidadão consciente e tolerante. Responsabilizaram a escola pela formação de condutas que vão desde a preservação do meio ambiente até os cuidados com a saúde; instituíram cotas raciais e forçaram as escolas a receber alunos com necessidades especiais.  A agenda maximalista seria uma maneira de sanar desigualdades e corrigir injustiças. O Brasil deveria questionar essa agenda.

            Primeira pergunta: nossas escolas conseguem dar conta deste recado? A resposta é, definitivamente, não. Todas as avaliações nacionais e internacionais mostram que a única desigualdade que nosso sistema educacional conseguiu atingir é ser igualmente péssimo. Copiamos o ponto final de programas adotados nos países europeus sem termos passado pelo desenvolvimento histórico que lhes dá sustentação.

            Segunda pergunta: esse desejo expansionista faz bem ou mal ao nosso sistema educacional? Essas demandas todas tornam impossível que o sistema tenha um foco. Perseguir todas as ideias que aparecem – mesmo que sejam todas nobres e excelentes – é um erro. No confronto entre intenções e realidade, a última sempre vence. Com uma agenda tão extensa, formar um cidadão virtuoso e o aluno de raciocínio afiado e com conhecimentos sólidos, sempre é possível dizer que uma parte não está sendo cumprida porque a prioridade é a outra: um aluno é analfabeto, mas solidário, entende? (Com a vantagem de que não há nenhum índice para medir solidariedade.) Quando as intenções ultrapassam a capacidade de execução do sistema o que ocorre é que o agente – cada professor ou diretor – vira um legislador, cabendo a ele o papel de decidir quais partes das inatingíveis demandas vai cumprir. Uma medida que deveria estimular a cidadania tem o efeito oposto: incentiva o desrespeito à lei, que é a base fundamental da vida em sociedade.

            Terceira pergunta: mesmo que todas essas nobres intenções fossem exequíveis, sua execução cumpriria as aspirações de seus mentores, construindo um país menos desigual? Eu diria que não apenas não cumpriria esses objetivos como iria na direção oposta. Deixe-me dar um exemplo com essas novas matérias inseridas no currículo do ensino médio – música, sociologia e filosofia. A lógica que norteou a decisão é que não seria justo que os alunos pobres fossem privados dos privilégios intelectuais de seus colegas ricos. O que não é justo, a meu ver, é que a adição dessas disciplinas torna ainda mais difícil para os pobres se equiparar aos alunos mais ricos nas matérias que realmente vão ser decisivas em sua vida. A desigualdade entre os dois grupos tende a aumentar. Se esses pensadores querem a escola como niveladora de diferenças, se a diferença que mais impacta a qualidade de vida das pessoas é a de renda, e se a fonte principal de renda é o trabalho, então precisamos de um sistema educacional que coloque ricos e pobres em igualdade de condições para concorrer no mercado de trabalho. [...]

            O mercado de trabalho valoriza mais as habilidades cognitivas e emocionais não porque os nossos empregadores sejam mesquinhos, mas porque, em um mercado competitivo, precisam remunerar seus trabalhadores de acordo com sua produtividade. Não adianta pedir ao gerente de recursos humanos que seja “solidário” na hora da contratação e leve em conta que os candidatos à vaga vêm de origens sociais diferentes, porque, se o recrutador selecionar o funcionário menos competente, o mais certo é que me breve ambos estejam solidariamente no olho da rua. Há vários estudos empíricos sobre a desigualdade no Brasil. O que eles informam é assustador: o fator número 1 na explicação das desigualdades de renda é, de longe, a desigualdade educacional. Ao criarmos uma escola sobrecarregada com a missão de não apenas formar o brasileiro do futuro mas corrigir as desigualdades de 500 anos de história, nós nos asseguraremos de que ela se tornará um fracasso. A escola não pode fracassar, pois é a alavanca de salvação do Brasil.

            É legítimo, embora estúpido, que a maioria dos brasileiros prefira uma educação que fracasse em ensinar a tabuada mas ensine bem a fazer um pagode. Acrescento apenas uma indispensável condição: que a população seja informada, de modo claro e honesto, sobre as consequências de suas escolhas. O que é, aí sim, antidemocrático e desonesto é criar a ilusão de que não precisamos fazer escolhas, de que podemos tudo e de que conseguiremos obter tudo ao mesmo tempo, agora. Nossas lideranças se valem do abissal desconhecimento da maioria da população sobre o que é uma educação de excelência para vender-lhe a possibilidade do paraíso terreno em que professores despreparados podem formar o novo homem e o profissional de sucesso. Essa utopia, como todas as outras, acaba em decepção e atraso. Essa pretensa revolução, como todas as outras, termina beneficiando apenas os burocratas que a implementam.

Veja, 11 de abril de 2012. Edição 2264

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Rubem Alves


É preciso saber ouvir. Acolher. Deixar que o outro entre dentro da gente. Ouvir em silêncio. Sem expulsá-lo por meio de argumentos e contra-razões. Nada mais fatal contra o amor que a resposta rápida. Alfange que decapita. E é preciso saber falar. Somente sabem falar os que sabem fazer silêncio e ouvir. E, sobretudo, os que se dedicam à difícil arte de adivinhar: adivinhar os mundos adormecidos que habitam os vazios do outro.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sexta-Feira 13

O quê?

Você tem medo da sexta-feira 13? Do gato preto, de passar debaixo da escada? Prefere ficar em casa para se proteger das coisas ruins?

Ah, para! Aponta pra fé e rema!

Deus é mais!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Tempo, Tempo... És um dos deuses mais lindos!

É lindo... 

Descobrir com o tempo que envelhecer não é sinônimo de ter rugas... A gente envelhece quando congela  a vida no passado, esperando pelo túnel do tempo a nos levar para pessoas e lugares que ficaram lá atrás... e que não voltarão mais!

É maravilhoso...

Saber que ter maturidade é rir dos próprios erros e conscientizar-se de que é preciso fazer diferente numa próxima vez. Ser maduro não é acumular anos e anos vividos. Isso é velhice! 

É uma delícia...

Ser vaidosa sem sentir culpa! Guardar aquele tempinho para se curtir, fazer carinho em si mesma, ficar cheirosa, ter uma roupa e um sapato novo, cuidar das unhas, arrumar os cabelos, usar creme anti-idade sabendo que ele não irá deformar o seu rosto, porque isso é insanidade! 

É gratificante...

Ver sua família constituída, os filhos criados dentro dos princípios éticos, pessoas de bem. Sentir-se amada pelo companheiro que apesar dos anos corridos a fio ainda consegue te admirar, te desejar, te respeitar! Sentir-se querida pelos pais, avós, irmãos, pelos amigos e até por quem não te conhece, mas te admira! Isso é uma conquista indescritível!

Aniversariar...

É comemorar o dia em que Deus te abençoou com o sopro da vida e desenhou um caminho precioso para que possamos trilhar com honra, com fé, com amor, dedicação e coragem! Há de se ter coragem para viver! 

Hoje eu estou fazendo 42 anos! E sinto-me muito feliz!

Christiane


segunda-feira, 9 de abril de 2012

domingo, 8 de abril de 2012

A Ressurreição

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus bem de madrugada, quando ainda estava escuro. Ela viu que a pedra tinha sido retirada do túmulo. Então saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo que Jesus amava. E disse para eles: «Tiraram do túmulo o Senhor, e não sabemos onde o colocaram.»

Então Pedro e o outro discípulo saíram e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos. Mas o outro discípulo correu mais depressa do que Pedro, e chegou primeiro ao túmulo. Inclinando-se, viu os panos de linho no chão, mas não entrou. Então Pedro, que vinha correndo atrás, chegou também e entrou no túmulo. Viu os panos de linho estendidos no chão e o sudário que tinha sido usado para cobrir a cabeça de Jesus. Mas o sudário não estava com os panos de linho no chão; estava enrolado num lugar à parte.

Então o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo, entrou também. Ele viu e acreditou. De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura que diz: «Ele deve ressuscitar dos mortos.» Os discípulos, então, voltaram para casa.


Evangelho de João; 20, 1 -9

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Por Mim e Por Você


Roteiro da Semana Santa... Feriado!?

Churrasco, pagode, cerveja!?

Não! Semana Santa: momento de introspecção, reflexão, tempo de mudança!

Silenciar a boca em forma de penitência, porque falar é fácil.

Acalmar os ânimos e "dominar" os nervos, porque exaltar-se vem do instinto.

Liberar o perdão a si mesmo e ao próximo com a alma lavada de levezas.

Lembrar que a vida é Passagem - Pessach - Páscoa.

Ele, Jesus Cristo, foi crucificado para que meus pecados fossem perdoados!

Esta é a minha fé.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Nós fomos

Era sexta-feira, 30 de março. Um dia como outro qualquer. Cheguei do trabalho e logo em seguida, por volta das 18 horas,  pegamos um táxi rumo ao terminal-conexão, que fica na av. Álvares Cabral. Destino: São Paulo. Da nossa casa até ao centro gastamos neste dia uns 45 minutos num  percurso que fazemos em 15, tranquilamente. Pegamos o ônibus para Confins. Ao cairmos na av. Afonso Pena o trânsito simplesmente parou. Travou totalmente. Apitos aflitos dos guardas sinalizavam o impedimento da passagem dos veículos. O peito começou a apertar como se estivesse enviando um aviso - não vai dar tempo. Ainda tínhamos que avançar sobre a Via Expressa, Cristiano Machado até chegar na MG-10. Um longo percurso. Em dias normais gastam-se 50 minutos, com sobra. Neste dia, levamos duas horas para chegarmos ao aeroporto Tancredo Neves. A essa altura, muitos já se davam conta de que perderiam o voo. Mas o Humberto estava otimista - "Gente, tenham fé! Vai dar certo!" Pessoas andavam pelo corredor do ônibus sem saber se continuavam nele ou desciam para pegar um táxi. Como se isso fosse adiantar... Todos os que lá estavam perderam seus voos. O relógio marcava 20 horas e 50 minutos quando adentramos loucamente pelo saguão. Corri até o check-in... que estava vazio. Virei-me para a atendente e disse que meu voo era o de 21h06, no que ela me respondeu "Embarque encerrado". Ahn? Mas ainda faltam alguns minutos, a aeronave não decolou, moça! "Sinto muito, embarque encerrado". Moça, por favor, ficamos presos no trânsito, blablablá, blablablá. "Sinto muito, embarque encerrado." Incrédula, olhava para o meu marido calmo e sereno como se tivesse perdido um ônibus que o levaria de volta para casa, e eu,  em vias de atacar o povo da companhia aérea. "Calma, querida, o show é só no domingo." Calma, que calma? Eu não acredito que perdi o voo! Mineiro não perde nem o trem quem dirá o avião! Isso não pode estar acontecendo. Passagens compradas com seis meses de antecedência, hotel reservado, uma semana corrida para dar tudo certo e.... não deu. Choro, lágrimas, aflição, raiva. Se naõ fosse assim, não seria eu! Situação contornada, novos bilhetes de embarque, rumamos de volta pra casa, circulando por vias tranquilas, semáforos verdes e aquela sensação de que o gosto da perda é amargo demais! Minha avó me disse que eu deveria era agradecer por isso ter acontecido, pois vai que não era o nosso dia de sorte. Aquela sabedoria dos idosos, a calma e a certeza de que tudo na nossa vida tem a mão de Deus! Com o trânsito livre no sábado, chegamos cedo ao aeroporto. Tudo pronto para curtir o show tão ansiosamente esperado, mais pelo Humberto do que por mim. Mas ele sabe que estarei sempre ali, ao seu lado, seja para espetáculos ou para os momentos nem sempre bonitos da vida. Esse é o show!


Imagens do estádio do Morumbi e Jardim Oriental, no bairro da Liberdade / SP
1º de abril de 2012