sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Então é Natal

Todo fim de ano é a mesma coisa: *empanturramo*-nos de sacolas, vamos ao centro da cidade e ficamos presos nos engarrafamentos e ainda não conseguimos estacionamento. Aí partimos para um dos grandes shopping's e rodamos por muito tempo para achar uma vaga, permanecemos horas lá dentro, gastamos uma grana preta e no final, temos que pagar por termos deixado nosso carro lá.

Pegamos as cartinhas da campanha "Papai Noel dos Correios", ficamos horas para encontrar uma criança que só queira uma simples bola, sem exigência de marca, ou uma boneca que não seja Barbie Fashionista. Isso quando não pedem play station 2, 3, PSP ou o tal do X Box. Também alguns desejam um skate de última geração, carrinhos de controle remoto, bonés da Adidas e na Nike. É, tempos difíceis... Mais fácil na minha época, na qual minha mãe colocava o presentinho ao lado da cama e dizia que Papai Noel tinha deixado para mim. E eu acreditava, claro. Quem até pouco tempo acreditou em contos de fadas, não iria acreditar no bom velhinho?

Ah, e o pior de tudo: os benditos panetones. Desde que chegam às lojas em outubro, na minha casa consome-se em média, uns 8 por mês (outubro é o mês do desespero - enfeites de Natal anunciam a chegada do fim do ano, dois meses antes; a cada dois anos aturamos a propaganda eleitoral e ainda tem o início do suplício  horário de verão). Finados deveria ser em outubro. Se bem que no dia 31 é o dia das bruxas... Não falando? Eita mesinho custoso, o tal de outubro. Como não chegar no dia da ceia natalina já com uns quilinhos a mais? Tem amigo oculto? Chocolate de presente... E panetone também! Lembrem-se dos vasinhos de violeta, são mais bonitos e inofensivos. E dá-lhe nozes, castanhas, pernil, chester, peru, farofa, sobremesa, vinho, champanhe, cerveja... Tudo bem engordiet.

O problema de engordar nessa época é que, logo depois das festas, vêm as viagens. Indefectivelmente, mulheres usarão biquínis, poxa, é verão! Praia, clube, cachoeira, não tem jeito! E alguns homens, sem noção, usarão sungas apertadíssimas com aquele barrigão de chope caindo sobre o dito cujo. Socorro! Por isso eu já aprendi o velho ditado: você não engorda pelo que come entre o Natal e o Ano Novo e sim por aquilo que você come entre o Ano Novo e o Natal!

Sinceramente, se eu pudesse fechar os olhos no dia primeiro de outubro e só acordar no dia dois de janeiro, ficaria extremamente feliz! Mas, não tem jeito. Temos que aguentar o perrengue das festas de fim de ano. Há quem goste, quem vibre. Eu tenho aversão. O máximo que faço é colocar uma arvorezinha com alguns enfetezinhos e um pisca-pisca na varanda. E esse ano as luzinhas são de LED, segundo disse meu marido, Humberto. Tá bom, né. LED ou não LED, elas já queimaram. Querido, temos que providenciar outras, afinal, é Natal! "E o que você fez? O ano termina e nasce outra vez". Simone, por que não te calas? Deixe só para Lennon, por favor! Afe.




Christiane


P.S.: * O verbo é empanturrar, com N antes do T. Olha, há erros de digitação e erros ortográficos. Confesso, caríssimo professor Dario (sem acento fica um hiato, não é?), que o meu "empaturrar" faz parte da segunda opção. Portanto, obrigada pela correção. Ainda foi há tempo de fazer o outro post. Volte sempre! Christiane

Um comentário:

  1. Muito interessante o seu texto Christiane, mas é "empanturramo-nos" !!
    Nada sério......afinal ...é Natal !!

    Dario

    Prof.Universidade Juiz de Fora.

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