terça-feira, 31 de agosto de 2010

É Tudo Free

A solução é alugar o Brasil... Nós não vamos pagar nada!


As ações da VALE têm lucro record e superam as da PETROBRAS

Manchete de todos os portais da internet, jornais, revistas, pasquins e afins. Só para lembrar que a VALE hoje pertence aos estrangeiros. Ela foi privatizada no governo de Fernando Henrique Cardoso e com a bilionária transação não sabemos o que foi feito em benfeitorias para a população.

A VALE  já foi. Uma vitória tucana levará a PETROBRAS a ser privatizada, pois quando FHC ainda estava na presidência, tentou mudar o nome da estatal para PETROBRAX, com X no final, com intenção de agradar aos gringos, para depois vendê-la.

O direito de explorar o solo, que pertencia ao nosso país, já está na mão de terceiros. Não tenham dúvida que a exploração do petróleo passará a ser um direito de investidores internacionais caso o PSDB volte à presidência. Como diria Raul Seixas: é tudo free.

Música Aluga-se

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Pede pra sair

Ele vem aí...


Wagner Moura

Tropa de Elite 2


Capitão Nascimento
Amo Muito - Wagner Moura

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Roda Viva

A música já diz tudo, dispensa introdução

Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino pra lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira pra lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

A roda da saia, a mulata
Não quer mais rodar, não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola pra lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade pra lá

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração



Amo Muito - Chico Buarque

terça-feira, 24 de agosto de 2010

É Bonita, É Bonita e É Bonita

Viver e não ter a vergonha de ser feliz... Muito menos ter vergonha de ser linda e coroada a mulher mais bonita do planeta, embora o concurso deixe a entender que é a mais bela do universo. Semântica e polêmicas à parte, parabéns para a miss México que venceu o concurso. Jimena Navarrete desbancou 82 candidatas ao título com muito mérito. Já a nossa representante Débora Lyra, não ficou nem entre as 15 semifinalistas, apesar de igualmente linda! Bom, é só um concurso de beleza. Pura futilidade (que deve render alguns milhares de dólares a Donald Trump, o detentor do evento) num mundo cheio de misérias. Mas é bom dar uma pausa para a mente apreciar essas beldades e, quem sabe, imaginar que um dia possa-se fazer um concurso de beleza interior (não como o do Pânico na TV). Afinal, pode até ser fundamental, mas beleza e elegância de comportamento nem sempre andam de mãos dadas.

A brasileira Débora Lyra...

E a mexicana Jimena Navarrete - Miss Universo 2010


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O Bem Amado

Vi e gostei da releitura do filme O Bem Amado, de Guel Arraes, o mesmo que dirigiu O Auto da Compadecida, Lisbela e o Prisioneiro, Romance, dentre outros. Baseada na obra de Alfredo Dias Gomes, um dos maiores dramaturgos do Brasil, o filme de Arraes traz excelentes momentos que misturam inteligência "vocabulística" e o retrato político atualizadíssimo de Sucupira/Terra Brasilis.

Marco Nanini em nada deixou a desejar atuando como o prefeito tresloucado e "neológico" - Odorico Paraguaçu - defendido por Paulo Gracindo na primeira versão. Os diálogos são velozes e eloquentes, o que dá um ritmo frenético à trama, levando o público a muitas gargalhadas. Também compõem o enredo grandes nomes da TV e do cinema nacional: José Wilker, Zezé Polessa, Drica Moraes e Andrea Beltrao, como as irmãs Cajazeiras, e Matheus Nachtergaele como o antológico Dirceu Borboleta.

Revirei o google para achar algumas frases memoráveis e inesquecíveis proferidas pelo prefeito sucupirano:

-Sou de uma palavra só, não sou bi-vocabular.

-Bifacial: um indivíduo de duas caras.

-Estou aqui, com a alma lavada e enxaguada de indignação por esse atentado covardista e crapulento! Diante do assassinato deste prefeito memorável, deste político relembrável, deste cidadão inolvidável o povo tem sede de justiça, de paz...

- Seus ateístas despenitentes! Vocês não respeitam nem um homem morto?

- Se defunto votasse, o coveiro já estaria eleito!

- Vexame para o nosso prefeito, agora em estado de defuntice compulsória, ter que andar três léguas para ser enterrado.

- Povo de Sucupira, meus conterrâneos: vim de branco para ser mais claro. Se eleito nas próximas eleições, meu primeiro ato como prefeito será o de cumprir o funéreo dever de mandar fazer o construimento do cemitério municipal.

- Meus conterrâneos! Tomo posse como prefeito desta cidade com as mãos limpas e o coração nu, despido estripitisicamente de qualquer ambição de glória. Nesta hora exorbitante, neste momento extrapolante eu alço os olhos para o meu destino e, vendo no céu a cruz de estrelas que nos protege, peço a Deus que olhe para nossa terra e abençoe a brava gente de Sucupira.

- Calunismos. Eu também sou meio socialista. Não da ponta esquerda... do meio de campo, caindo pra direita!

-O senhor não vai matar, vai suicidar o homem apenasmente.

-Pare com esse perguntório e essa cara de disenteria. Temos é que tratar dos providenciamentos inauguratícios do cemitério.


-Como é sabido de Vossas Senhoricências, infelizmentemente, temos aguardar que algum evento malditoloso, leve do seio da terra sucupirana, um de seus amadorosos filhos.
-Vai ter uma confabulância político-sigilista sobre as nossas candidaturas.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Por que não eu?

Quando ela cai no sofá
So far away
Vinho à beça na cabeça
Eu que sei
Quando ela insiste em beijar
Seu travesseiro
Eu me viro do avesso
Eu vou dizer aquelas coisas
Mas na hora esqueço

Por que não eu? Ah, ah...
Por que não eu?
Por que não eu? Ah, ah...
Por que não eu?

Eu encomendo um jantar
Só pra nós dois
Se não tem nada pra depois
Por que não eu?
Você tá nessa
Rejeitada, caçando paixão
E eu com a cara mais lavada
Digo: por que não?

Por que não eu? Ah, ah...
Por que não eu?
Por que não eu? Ah, ah...
Por que não eu?

(Leoni)

Assista:

http://www.youtube.com/watch?v=dc3cmuIWyEc&feature=related

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Por que tantos porquês?

Minha professora primária ensinava com bastante didática para seus pequenos alunos que em todas as perguntas o POR QUE é separado e nas respostas o PORQUE é junto. À medida que vamos avançando nos estudos, percebemos que não existem apenas esses dois porques. Então, já que na oralidade não se separam PORQUES de jeito nenhum, nossos irmãos lusitanos inventaram ou convencionaram o uso de, nada mais nada menos, quatro tipos de PORQUE.

1ª situação: Usa-se o POR QUE separado e sem acento em frases interrogativas, desde que estejam no início delas. EX.: Por que não chove há tempos nesta séquida capital mineira?

2ª situação: Usa-se o PORQUE junto e sem acento nas respostas, justificando o fator questionador e não empregados em fim de frases. EX.: Não chove em Belo Horizonte há três meses porque as montanhas estão bloqueando a passagem das frente frias.

3ª situação: Usa-se POR QUÊ separado e com acento circunflexo (^) toda vez que vier sucedido de um ponto, uma vírgula, uma interrogação, uma exclamação, ponto e vírgula, reticências... Vejamos:  Eu ainda não me convenci desta história de montanha bloquear nuvem, será por quê?

4ª situação: Usa-se o PORQUÊ junto e acentuado quando ele tiver o sentido de "motivo". Normalmente vem precedido de artigo. EX.: Até agora eu não sei o porquê de tanta seca nas alterosas.

Não é difícil, contudo, bastante chato. Aliás, a nossa língua é bastante delicada no que diz respeito à sua escrita. Os linguistas, estudiosos da linguagem, não aceitam o rótulo de certo e errado. Mas vá você fazer um concurso que tenha redação e caia na besteira de registrar erroneamente algumas palavras. Não existirá linguista nenhum para tirar você desta enrascada. Ainda bem que para falar, a gente não separa nem acentua porque nenhum. Ufa!

Se ainda não ficou esclarecido, deixe sua dúvida.

Por Christiane Bianchi

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Nossa Língua Portuguesa


Esta nossa língua pátria tão bem difundida e representada por gigantes como Guimarães Rosa, Machado de Assis, Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto e etecétera, etecétera, etecétera... Bem, essa língua pátria, língua mátria a ferro e fogo sendo aprendida e apreendida, me faz sentir como o "passarinho" de Mário Quintana dentro do Grande Sertão Veredas, de Rosa: muito pequenininha.

Sou deliberadamente amante do português ( o idioma ) e sofro com o desinteresse da população em se aperfeiçoar no jeito de escrever e, por que não, no jeito de falar. Já dizia minha mãe que "corrigir os outros é muito feio, filha. Nem todo mundo é formado em Letras..." Tudo bem, mamãe, está certíssima. Mas então não se pode procurar ajuda no dicionário, na gramática, no personal linguistic ( neologismo recém criado por mim) e evitar certas mancadas?

Você é o que você pensa, mas também é aquilo que você diz e escreve. Adoraria ser contratada para prestar assessoria linguística aos jogadores de futebol, cantores sertanejos, roteiristas de telenovela, dentre outras categorias desprovidas do mínimo de conhecimento prévio do que é certo e errado no mundo das letras.

Nesta semana, a revista Veja traz em sua capa o tema - saber escrever pode levar você ao sucesso. O especial vem com vários contornos que variam desde a fala dos candidatos à presidência até aos mais incautos candidatos a empregos. Não tenha vergonha de admitir que não domina bem a língua portuguesa em todos os seus segmentos. Seja humilde e recorra a quem possa ajudá-lo a se comunicar melhor e mais corretamente usando seu idioma. Por exemplo:

QUISER - do verbo QUERER, segunda conjugação, flexionado no modo subjuntivo é amplamente escrito (não se diz escrevido) com Z. Ai, ai, ai... Quiser é com S (de sadia, de saudável). QUIZER definitivamente me diz muito de quem  assim escreve.

EU e MIM - Eu é sujeito de frase e Mim é objeto do verbo. Então: "Pegue um livro pra mim ler", JAMAIS! "Pegue o livro para mim, por favor" , SEMPRE. "Entre EU e ELA não há mais nada", NUNCA! "Entre MIM e ELA não há mais nada", ALL TIME!

GERUNDISMO - Vou estar levando, vou estar trazendo, vou estar verificando, NEVER! Isso é contra a facilidade linguística! Diga simplesmente "vou levar, vou trazer, vou verificar. Ponto. Basta!

PARTICÍPIO - O verbo TRAZER no particípio passado é TRAZIDO e não TRAGO. Por exemplo: Se eu tivesse trazido o casaco não estaria sentindo frio. ESQUEÇA a forma: Se eu tivesse trago o casaco, etc.

HAVER E FAZER - Não vão para o plural nas seguintes condições: Houve muitas situações constrangedoras. ERRADO dizer HOUVERAM muitas situações, você pode trocar por EXISTIRAM muitas situações constrangedoras. Outro erro comum: Hoje fazem três meses que comecei a trabalhar. MENTIRA! Hoje FAZ três meses... O verbo fazer no sentido de tempo corrido permanece no singular!

MEIO DIA E MEIA - O meia é de meia hora passada e não meio dia passado. Meio dia + meia hora. NADA de meio dia e meio.

MEIA E MENAS - SOCORRO!Dizer "meia atrapalhada" significa que a meia está desarranjada no pé. Meio atrapalhada é como dizer mais ou menos estorvada (não é estrovada). MENAS gente, menas pessoas, SENHOR, dai-me luz! MENOS é invariável, assim como todos os advérbios!

GRAMA - "Quero trezentas gramas de presunto"! Ah, bom, então pegue trezentos capins e leve para casa! Grama para tratar de peso é FOREVER no masculino: "quero TREZENTOS gramas de presunto!
Melhorou.

SEJA e  ESTEJA - Nunca SEJE  e ESTEJE! Isso não existe.

EM NÍVEL - Uma das maiores "muletas" da linguagem, é totalmente dispensável. MAS, se for dizer, NUNCA diga A NÍVEL DE e sim EM NÍVEL DE. Encerrando, por hoje, a Veja bateu o martelo sobre uma expressão que sempre me incomodou:

RISCO DE VIDA é a forma correta de dizer sobre o perigo iminente de morrer. Isso porque está subtendida a palavra "perder", risco de perder a vida. Não é preciso dizer RISCO DE MORTE, além de ser semanticamente incorreto, soa mal aos ouvidos. Fora os modismos. Em caso de dúvida, busque no GOOGLE, ou no  CEGALLA, ou no AURÉLIO.

Por Christiane Bianchi

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Citações de Guimarães


Grande Sertão: Veredas

O amor? Pássaro que põe ovos de ferro.
A colheita é comum, mas o capinar é sozinho.
Quem muito se evita, se convive.
O que lembro, tenho.
Vingar... é lamber, frio, o que outro cozinhou quente demais.
Toda saudade é uma espécie de velhice.
Pão ou pães, é questão de opiniães.
Viver - não é? - é muito perigoso.
Sertão é dentro da gente.
O sertão é uma espera enorme.
Feito flecha, feito fogo, feito faca.
Vi: o que guerreia é o bicho, não é o homem.

Amo Muito João Guimarães Rosa


terça-feira, 3 de agosto de 2010

Pai





Seria tão bom que pais e filhos pudessem se amar sem limites...
Seria maravilhoso pais e filhos demonstrarem e falarem desse amor um com o outro...
Antes que um dos dois partisse.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Elisa Lucinda - Poema

Aviso da Lua que Menstrua

Moço, cuidado com ela!
Há que se ter cautela com esta gente que menstrua...
Imagine uma cachoeira às avessas:
cada ato que faz, o corpo confessa.
Cuidado, moço
às vezes parece erva, parece hera
cuidado com essa gente que gera
essa gente que se metamorfoseia
metade legível, metade sereia.
Barriga cresce, explode humanidades
e ainda volta pro lugar que é o mesmo lugar
mas é outro lugar, aí é que está:
cada palavra dita, antes de dizer, homem, reflita..
Sua boca maldita não sabe que cada palavra é ingrediente
que vai cair no mesmo planeta panela.
Cuidado com cada letra que manda pra ela!
Tá acostumada a viver por dentro,
transforma fato em elemento
a tudo refoga, ferve, frita
ainda sangra tudo no próximo mês.
Cuidado moço, quando cê pensa que escapou
é que chegou a sua vez!
Porque sou muito sua amiga
é que tô falando na "vera"
conheço cada uma, além de ser uma delas.
Você que saiu da fresta dela
delicada força quando voltar a ela.
Não vá sem ser convidado
ou sem os devidos cortejos..
Às vezes pela ponte de um beijo
já se alcança a "cidade secreta"
a Atlântida perdida.
Outras vezes várias metidas e mais se afasta dela.
Cuidado, moço, por você ter uma cobra entre as pernas
cai na condição de ser displicente
diante da própria serpente
Ela é uma cobra de avental
Não despreze a meditação doméstica
É da poeira do cotidiano
que a mulher extrai filosofando
cozinhando, costurando e você chega com a mão no bolso
julgando a arte do almoço: Eca!...
Você que não sabe onde está sua cueca?
Ah, meu cão desejado
tão preocupado em rosnar, ladrar e latir
então esquece de morder devagar
esquece de saber curtir, dividir.
E aí quando quer agredir
chama de vaca e galinha.
São duas dignas vizinhas do mundo daqui!
O que você tem pra falar de vaca?
O que você tem eu vou dizer e não se queixe:
VACA é sua mãe. De leite.
Vaca e galinha...
ora, não ofende. Enaltece, elogia:
comparando rainha com rainha
óvulo, ovo e leite
pensando que está agredindo
que tá falando palavrão imundo.
Tá, não, homem.
Tá citando o princípio do mundo!

Autora: Elisa Lucinda