terça-feira, 23 de novembro de 2010

Eu Vou

Começa hoje em Belo Horizonte a 21ª Feira Nacional de Artesanato, a maior da América Latina. Este ano o tema Latinidade encantará a todos com uma surpreendente diversidade cultural. Serão reunidas em um mesmo local, riquezas da arte popular latina, dentre elas, as tramas bolivianas, as fibras guatemaltecas e as tecelagens peruanas.

O evento será realizado no EXPOMINAS.
De 23 e 28 de novembro.


domingo, 21 de novembro de 2010

O Crack do Advogado...E o Advogado do Craque

Este post não é para o Doutor Advogado do caso Bruno. É para qualquer pessoa que tem algum tipo de vício, ou de desvio comportamental. Para tudo tem jeito, é só querer. Vamos lá...


Quem ainda não ouviu falar de Ercio Quaresma, o advogado trapalhão do ex-goleiro Bruno? Típico profissional de porta-de-cadeia, o representante do atleta flamenguista sempre se destacou por suas atitudes e declarações polêmicas. Disse que Eliza Samúdio está viva, disse que o delegado Edson Moreira tentou subornar seu cliente, pedindo 2 milhões de reais para favorecê-lo no processo do desaparecimento e morte da ex-amante do jogador, chamou uma das delegadas que acompanhavam o caso de Paquita, enfim... Um homem visivelmente desequilibrado. Uma figuraça!

Seu comportamento, pouco convencional para um profissional do porte que se exige em um caso desta magnitude, tem uma explicação surpreendente: o advogado é viciado em crack. Evidentemente, as manchetes em todos os portais da internet gerou uma série de comentários piadistas, com direito a vários trocadilhos, dignos de compilação para estudos posteriores. Não se pode afirmar, portanto, que o representante da Justiça usa crack porque é desequilibrado, ou que por ser desequilibrado, faz uso do crack. Triste mesmo é podermos constatar que a droga seja o combustível para o destempero deste senhor, que dorme até roncar durante o depoimento do seu pupilo.

O crack do advogado e o advogado do craque. Duas palavras, dois sentidos. Em Língua Portuguesa, chamamos isso de homônimos homófonos - mesma pronúncia, grafias diferentes. Quando este caso do craque Bruno veio à tona, desmantelando uma gangue que agia na calada das noites quentes de Esmeraldas, todos nós passamos a ver esta história como um dos piores contos de terror dos últimos tempos. Em uma nova linguagem de mídia - um big brother dos horrores. Mentiras, contradições, extorções, sequestro, morte, drogas.

O manual de etiqueta de um bom profissional deve estar pautado numa conduta reta e ilibada. Você não pode defender alguém, por mais culpa que esta pessoa tenha, se você não tiver um passado cristalino. Do contrário, sua tese de defesa cairá por terra. Uma vez eu li:

"Advogado: essencial à Justiça".

Bonito. Mais ou menos como dizer:

" Santo: essencial para o milagre."

Eu acredito em milagres. Sou devota de São Jorge e de Nossa Senhora das Graças. Mas eles são advogados ilibados! Nunca ouvi dizer que fizessem uso de drogas... Já o senhor Ercio Quaresma... Bom, não sou juíza e não estou aqui para julgá-lo. Ele deveria sair do caso (antes que a OAB possa afastá-lo) e se tratar. Mas tem gente que não larga o osso. Prefere ser depreciado em público, servir de chacota para a sociedade. Existem profissionais e profissionais. Em todas as áreas encontramos pessoas excelentes naquilo que fazem, como também temos a infelicidade de toparmos com verdadeiros canalhas, calhordas, pessoas da pior extirpe (leia post sobre a menina Joanna). Esses profissionais funcionam à base do dinheiro. O poder acima de tudo, acima da ética e do profissionalismo. Mercenários, não se dão ao dever de agir com uma conduta reta, digna do tempo e da grana que investiram em sua formação acadêmica. Gente que deveria fazer vestibular para bandido.

Na minha família há pessoas formadas em Direito. Tenho uma prima que está no STF! Concursada. Uma outra prima, Juliana, formou-se recentemente e minha irmã Bruna, daqui a 2 anos, terá a sua graduação concluída nesta área. Tenho certeza de que serão excelentes advogadas. O problema não está no curso, mas em alguns estudantes que insistem galgar os degraus do banditismo, utilizando-se dos diplomas que podem conseguir, através até de conceituadas faculdades. Não existe teste psicotécnico para angariar vestibulandos... Infelizmente!

Espero que o "doutor" Ercio Quaresma possa dar um rumo à sua vida, sumindo da mídia, dos noticiários e do caso do goleiro Bruno, o craque. Desejo que ele possa ter sua dignidade de volta, se ver livre da dependência química. Certa vez, ouvi alguém dizer: "livre-se do crack para depois livrar-se do vício." Frase de impacto, psicologismo barato! Deve constar em qualquer almanaque de psicologia de botequim.  Lembrando apenas que o vício não precisa ser necessariamente em drogas. Há tipos bem piores de vícios. Alguns, intratáveis! Sabe por quê? Porque é uma questão de escolha. Escolher ser do bem, fazer o bem e receber o bem.  Será mesmo que, livrando-se do "crack", pode-se livrar das más escolhas que você faz? Mostre o quanto você pode ser craque e saia desta vida miserável e triste. A fatura costuma vir alta demais para quem muito consome! Consome drogas, consome vidas!

Arrivederci!

Por Christiane B.

sábado, 20 de novembro de 2010

Conscientize-se



Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares


Mostra Especial
Comemoração do Dia da Consciência Negra


Exposição fotográfica faz releitura dos adornos das mulheres negras na Faculdade de Medicina da UFMG.




"Contas e Balangandãs – A África que Minas não vê…"


é o título da exposição que a Faculdade de Medicina da UFMG recebe entre os dias 4 e 16 de novembro, no saguão da Unidade.


Dias 21 e 22/11/2010 Foyer do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537. Centro) Realização: Companhia de Dança Baobá Apoio: Fundação Clóvis Salgado

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A Voz Que Não Pode Calar

Alguns leitores podem estar pensando que agora meu blog virou um Ctrl C Ctrl V de blogs alheios. Eu fico pipocando pelos sites de notícias sérias, que me fazem pensar e repensar no meu modo de ver o mundo, de agir diante das diferenças. Estou procurando uma maneira de não parar de indignar-me com as injustiças. Não acho um desserviço postar reportagens de terceiros aqui. Está tudo com link de origem, portanto, não é plágio. Leia com atenção, saboreie com moderação.

Christiane

Do blog Conversa Afiada

Saiu no Agora (único jornal de São Paulo que presta), pág. A-6. Jovens espancam quatro em ataques na Avenida Paulista. Polícia apura homofobia em três ataques cometidos por cinco jovens de classe média.

Os “atacantes” moram com os pais em bairros de classe média e classe média alta e estudam em colégios particulares. Eles deram socos e usaram lâmpadas fluorescentes. Um dos “atacados” é homossexual. Uma das vítimas disse na delegacia que enquanto batiam, os jovens gritavam “bicha, você é v… está com o namorado ?”.

Os “atacados” vinham ou iam para o trabalho. O ataque foi às 3h da manhã de ontem.


Opinião do jornalista Paulo Henrique Amorim

Segundo o Agora (único jornal que presta em São Paulo), este é o terceiro caso de intolerância em São Paulo de outubro para cá. A intolerância vai por degraus. A ordem dos degraus não altera a intensidade da intolerância. Cabem nela os homossexuais, os pobres, os nordestinos, os que defendem o aborto, os judeus, os muçulmanos – os diferentes.

A melhor maneira de aprender a odiar o “diferente” é estudar em escolas em que só há “iguais”.É assim que terminam políticas para desconstruir a escola pública em benefício da escola particular: em intolerância, a fase inicial do racismo. A nova onda de intolerância começou no segundo turno desta eleição, quando o candidato José Serra e seus brucutus na internet trouxeram para a sala de jantar o vaso sanitário da patologia social brasileira.

Serra montou no dragão da maldade.
Não ganhou a eleição.
Mas vai tentar ganhar de novo.
Só tem um problema.
O dragão da maldade é ingovernável.
Pode derrubar o cavaleiro (de novo).

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2010/11/15/xenofobia-homofobia-ate-onde-vai-a-intolerancia/

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Conversa Afiada

Na página de Paulo Henrique Amorim, há uma enquete que estou trazendo para este humilde blog. Achei muito interessante, como essas pessoas são criativas! Adorei.

Qual destas capas você gostaria de ver na Veja?




Eu Não Matei Joana D'Arc

Na Europa do século XV, a heroína francesa foi condenada à morte. Executada em praça pública, ateada à fogueira, foi queimada viva. Seus ideais de liberdade, sua luta contra a dominação inglesa, suas vestimentas masculinas somaram motivos aos perversos da época, que determinaram seu fim: aos 19 anos, calaram a boca de Joana D'Arc.

No Brasil do século XXI, outra personagem, desta vez fictícia, está prestes a ter o mesmo destino: Tia Nastácia, a negra. Heroína dos contos de Monteiro Lobato, corre o sério risco de ser limada. Desta vez os inimigos não são estrangeiros. São os patrulheiros étnicos. Figuraças do alto escalão do governo sugeriram a não distribuição da obra "Caçadas de Pedrinho", do maior escritor infantil em Língua Portuguesa. Motivo: Lobato tem cunho racista. Escreveu que Tia Nastácia trepa em uma árvore como uma macaca "de carvão".

Alguém explica para esses senhores da censura literária que o tempo da inquisição já acabou. Alguém avisa a esses pseudo-controladores da leitura alheia, que Monteiro Lobato foi o autor que mais fez crianças sonharem com o imaginário brasileiro, substituindo até mesmo as fadas e princesas dos Grimm, pela Cuca, Saci, Iara, Boneca Falante, Espiga de Milho Intelectual.  Pelo amor de Deus, alguém para essa locomotiva da falta de bom-senso que tenta fazer o politicamente correto soar como hipocrisia.

Pelo visto, não vamos mais poder cantar o boi-da-cara-preta, do cancioneiro popular de domínio público. Não podemos mais dizer que fulano é negro, agora o correto é dizer afro-descendente. Um aluno me perguntou: professora, se eu usar uma camisa escrita 100% branco vão me chamar de racista? Não soube o que responder. Orgulho de ser negro, orgulho de ser branco. Como assim? Nosso país é uma síntese de vários povos. Somos miscigenados. Não somos 100% de cor nenhuma. Além disso, como bons brasileiros, temos uma convivência pacífica com todas as cores que formam esta nação. 

Para que e por que agora estamos sendo segregados? Cotas raciais para corrigir os anos de desigualdade entre brancos e negros? Como assim? Cotas discriminatórias, quer dizer. Somos todos capazes, podemos não ter as mesmas condições econômicas. Mas esse assunto não é para agora...

Tia Nastácia, nós não deixaremos que a senhora queime na fogueira da ignorância de alguns. As crianças sabem que Monteiro Lobato não era racista. Inclusive, para quem não sabe, ele morreu pobre e deprimido, após ser preso pela patrulha ideológica da época. José Bento acreditava que havia petróleo no Brasil e foi severamente punido por isso.  

Mas nós, pessoas com discernimento, não queimaremos seus livros na fogueira, em praça pública. Monteiro Lobato não será a nossa Joana D'Arc.


Sugestão: há dois filmes que retratam como a queima de livros traz impacto a uma sociedade. Um deles cham-se Balzac e a costureirinha Chinesa.  O outro, O Nome da Rosa.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

5 perguntas

Você é do tipo que repassa e-mails sem verificar a fonte e a veracidade dos fatos?

Você é do tipo que culpa o governo por todas as suas mazelas?

Você é do tipo que se acha melhor do que os outros?

Você é do tipo que dissemina ódio e discórdia quando alguém não pensa como você?

Você é do tipo que acredita em tudo que lê?

Se você respondeu que "sim" a pelo menos uma destas questões, está na hora de você rever seus conceitos. Sabe por quê? Porque está crescendo de forma desordenada a intolerância àquilo que lhe é diferente. A isso se dá o nome de xenofobia. Quer saber como algumas pessoas que usam redes sociais reagiram ao resultado das eleições? Acesse o link abaixo. Depois, se achar que deve, deixe um comentário.

Christiane


http://xenofobianao.tumblr.com/page/1

(ONG "Diga não à xenofobia")

domingo, 7 de novembro de 2010

Silêncio da Alma

Deus,

Quando eu estiver com medo, quando meus pensamentos me levarem ao desespero, cuida de mim. Não deixe que as mentiras prevaleçam sobre as verdades, não permita que as injustiças dos homens corrompam a minha fé. Faça-me acreditar na Sua Justiça, infalível e implacável. Ponha Suas mãos sobre mim e me proteja dos amigos e dos inimigos, sejam eles visíveis e invisíveis. Cuida, Deus, desta sua filha que humildemente reconhece que fraqueja, mas que não se dá por vencida. Enfim, meu Pai, estenda seu poder de cura a todos aqueles que se encontram doentes do corpo e da alma. Esse pedido faço para todos a quem estimo e para mim mesma, se achar que sou merecedora. Obrigada por mais este dia. Ainda posso conversar com o Senhor de tantas maneiras! Isso mostra o quanto Deus é bom!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mais Uma Vez


Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã
Mais uma vez eu sei

Escuridão já vi pior
De endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem

Nunca deixe que lhe digam
Que não vale a pena
Acreditar nos sonhos que se tem
Ou que seus planos
Nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém

Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende...

Renato Russo

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Por toda minha vida...

EU JURO QUE TE AMAREI

Até que um dia todos os pássaros se cessarem
de cantar: Eu Te Amarei


Até que um dia uma linda flor não mais
me encantar: Eu Te Amarei


Até que um dia a luz do sol não mais brilhar:
Eu Te Amarei


Até que um dia o azul do céu não mais
me encantar: Eu Te Amarei


Até que um dia a eternidade venha a nos
separar: Eu Juro, Te Amarei

Autor Desconhecido

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Motivo

Eu canto porque o instante existe
E a minha vida está completa
Não sou alegre nem triste:
Sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
Não sinto gozo nem tormento
Atrevesso noites e dias ao vento.
Se desmorono ou se edifico,
Se permaneço ou me desfaço,
Não sei, não sei
Não sei se fico ou se passo.
Sei que canto,
E a canção é tudo.
E um dia sei que estarei mudo:
- Mais nada.

 Cecília Meireles