As palavras
São como um cristal,
Algumas, um punhal,
um incêndio.Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta?
Quem as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Palavras não são dons.
São técnicas e esforços.
Dedicação e paixão.
Disciplina e Atenção!
Devemos usá-las para provocar o pensar e o sentir.
Ninguém aprende sem ter ensinado algo...
Ninguém ensina sem ter aprendido algo mais...
Tudo é uma troca: emitir, receber e sentir.
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Palavras não são dons.
São técnicas e esforços.
Dedicação e paixão.
Disciplina e Atenção!
Devemos usá-las para provocar o pensar e o sentir.
Ninguém aprende sem ter ensinado algo...
Ninguém ensina sem ter aprendido algo mais...
Tudo é uma troca: emitir, receber e sentir.
Poema de Eugênio de Andrade
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