Chora, coração! Passarinho na gaiola feito gente na prisão...
E a música popular brasileira perdeu um dos grandes ícones do cancioneiro romântico (também chamado de brega)! Foi-se mais cedo do que o comum, da maneira que costuma fazer jus aos artistas: preferem viver dez anos a 1000 que mil anos a 10! Wando marcou não apenas uma, mas várias gerações com suas cantigas melosas, com aquela abundância de metáforas nos versos que imortalizaram muitas delas. Quem não se lembra de - "Moça, sei que já não és pura, teu passado é tão forte, pode até machucar..." ou então - "Coisa, coisa cristalina, mata meu desejo, mata minha sede, deixa eu te querer ôôô...." e o seu maior sucesso "Quando tão louca me beija na boca me ama no chão...". Pois é! É brega mas é pop, todo mundo sabe cantarolar.
Wando, descanse em paz!
Ele pode ser brega, mas eu adoro as músicas dele. Hoje amanheci cantarolando alguma delas. Conforme vc disse: QUE ELE DESCANSE EM PAZ! Bjus
ResponderExcluirJu, eu ouvia as músicas dele no radinho de pilha quando era criança. Os rótulos são desnecessários quando o que gostamos toca o nosso coração! Beijos!
ResponderExcluirÉ compreensível tanta homenagem ao Wando. Ele merece todas e mais. Só não entendo onde foram parar os intelectuais, a juventude esclarecida e os formadores de opinião que durante décadas o massacraram, o fizeram motivo de piada, o humilharam e, principalmente, o ignoraram.
ResponderExcluirEu considero o brega a alma deste país: a dor de cotovelo, o amor perdido, a mulher abandonada, o corno arrasado. Os brasileiros, nós somos tristes e melodramáticos. Nada a ver com sexo fácil ou amor de balada. Não sei em que momento nos tornamos vulgares, siliconados, enviagrados e disponíveis.
Excetuando os fãs verdadeiros, gente pobre e bem ou mal amada, Wando sempre foi citado de forma arrogante pelos que agora o tratam com o devido respeito. Essa turma me enoja. Ele só foi primeira página no dia de sua morte.
Praticamente todos os jornais, revistas e programas de TV jamais dedicaram a ele um minuto ou centímetro de atenção verdadeira. Suas músicas eram trilha sonora de humorísticos, auditórios decadentes ou pegadinhas infames.
De repente, ao morrer, o cara virou um gênio, o fim de uma época. Ele era luz, raio, estrela e luar. Iaiá e ioiô. Li crônicas e artigos botando o defunto no lugar onde nunca jamais esteve quando vivo. É muito oportunismo, muita safadeza.
Restam poucos como ele. A maioria dos artistas respira com ajuda de aparelhos. Vou me repetir, mas repito: nossa cultura está morrendo, não temos mais aquela que foi uma das músicas mais lindas do mundo, seja Chico Buarque ou Odair José.
Os sobreviventes, eu incluído, palco ou plateia, temos pouquíssimo tempo a perder. Onde estão nossos menestréis, nossos compositores, nossos artistas? Vamos fazer em nossas mentes um show com todos eles? Ou cada um terá um rápido e espetacular velório? Eu quero aplaudir agora.
http://noticias.r7.com/blogs/o-provocador/2012/02/10/depois-de-wando-qual-o-proximo-velorio/
Este cara viveu intensamente, acredito até que mais do que deveria, o que explica essa morte prematura... mas a escolha foi dele, o que é bom.
ResponderExcluirFaçamos nossas escolhas e saibamos conviver com ela... isso é viver.
Humberto.