Eu não saberia dizer qual foi a série pioneira de grande sucesso nos Estados Unidos, mas, certamente, Prison Break está dentre uma das melhores que já assisti. A saga dos irmãos Burrows e Scofield será inesquecível para mim! A Netflix disponibiliza as quatro temporadas e isso tem facilitado para muitos fãs um revival deste premiadíssimo seriado norte-americano. Eu mesma terminei de assistir há poucos dias todos os oitenta episódios. Ufa! Exaustivo, mas valeu a pena!
Dez anos depois da exibição da primeira temporada, em 2005, Prison Break continua atual e emocionante. Quem não se encantou pelos olhos enigmáticos de Michael Scofield, do ator Wentworth Miller ou ficou zangado com marrento e estúpido Lincoln Burrows? O que tereia sido desta série sem T-Bag nas quatro temporadas? Um tédio! Sim, o vilão é um dos mais carismáticos personagens de PB.
Falar de Fernando Sucre, Abbruzzi, C-Note, Bellick, Sara Trancredi é irrelevante. Eles foram secundários desde o início e, na minha opinião, Prison Break não deveria ter tido quatro temporadas. O encanto e a atmosfera do medo, do plano de fuga, da entrega de Michael para tirar o irmão da cadeia, morreram na primeira temporada. O que vem depois é uma grande enrolação, uma sucessão de episódios com erros às vezes grotescos.
Acredito que a série devesse ter acabado com a fuga dos oito detentos de Fox River e ponto. Depois, poderiam ter feito um spin-off contando o desfecho de cada um, como também os personagens principais conseguiram se ver livres das acusações que lhe foram imputadas. Burrows e Scofield sendo inocentados e um final feliz para cada um deles.
Mas, em se tratando de uma obra com grande apelo comercial, esticaram Prison Break até a quarta e sofrível temporada. A terceiram, então, um horror! Totalmente dispensável. Colocaram Michael em uma prisão no Panamá chamada Sona. Um arquétipo do inferno aquilo lá. Horrível de ser ver, de acompanhar, de pensar como Scofield estava novamente às voltas para libertar outro preso totalmente insignificante que veio a morrer no primeiro episódio da quarta temporada. Ou seja, perda de tempo! O cara não serviu pra nada, só pra enrolar os telespectadores!
Muitos personagens morreram no decorrer do seriado. Era como matar formiga, já estava ficando sem graça e previsível. A tal "Companhia", uma espécie de poder paralelo, guardava o segredo da Scylla - um aparelho tecnológico que armazenava todo o segredo de como mudar o mundo! Scylla era um projeto para substituir o uso de combustível fóssil, dessalinizar a água do mar, descobrir novas vacinas e tratamentos avançados para doenças graves. Enfim, uma máfia detinha o poder sobre Scylla, mas o mundo inteiro a queria. E aí ficou uma brincadeira de gato e rato.
E, para piorar, fizeram um filme chamado "O Resgate Final" que é uma variável do último episódio, um final alternativo, podemos assim dizer. Queria ter ficado mesmo com a lembrança do túmulo de Scofield coberto por flores e pelo emblemático pato de origami. Queria mesmo é que Michael não tivesse morrido. Adoraria tê-lo visto com Sara e o filho, em alguma praia paradisíaca, longe da polícia, da máfia, da Companhia e do irmão encrenqueiro.
A lápide de Scofield mostra que ele morreu no dia 11 de abril de 2005. Um ano após sua entrada na prisão de Fox River. E seu epitáfio foi uma frase que ele disse para a dra. Sara Trancredi no início da primeira temporada: "Seja a mudança que você quer ver no mundo". Gandhi.
Vejo que caí em contradição quando disse no primeiro parágrafo que Prison Break foi uma das melhores séries que já assisti para logo depois desejar que ela tivesse terminado na primeira temporada. É que, no frigir dos ovos, valeu a pena mesmo ter acompanhado Michael e sua trupe por quatro anos. Mesmo sabendo que a verdadeira história se esgotou no vigésimo segundo capítulo. Por tudo isso, Wentworth Miller entrou para a galeria dos meus heróis favoritos de todos os tempos!
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