domingo, 28 de junho de 2009

28 de Junho



28 de junho de 1986.


Dia em que comecei a namorar meu marido.


Hoje faz exatos 23 anos.


Tinha eu 16 naquela época e ele, 20.


Dois jovens que se uniram e nunca mais se separaram.


Amar é "caminhar juntos na mesma direção".


sexta-feira, 26 de junho de 2009

Overdose


Overdose de notícias.


Overdose de reportagens.


Overdose de especulações.


Ressuscitaram Michael Jackson. Sua morte faz com que esteja mais vivo do que nunca. Agora fala-se da sua música, do seu talento precoce, da sua contribuição para o pop music, da renovação dos videos-clipes a partir de suas coreografias.


Ficaram para trás as notícias ruins, tristes, bizarras. Endeusam Michael Jackson.


O Jornal Nacional só falou de Michael Jackson. Fátima Bernardes em conversa com o convidado Nelson Mota (sim, ele foi convidado para dar entrevista ao vivo durante o telejornal, com direito a estar na bancada), fazia as chamadas das imagens marcantes do "rei do pop" em um tom quase histérico. Até parece que anunciavam uma solução para a crise mundial. Nada contra a Fátima, mas, pegaram pesado. Digamos que a homenagem no final do JN tenha redimido o excesso do "meio". Lindas as imagens, linda a música Ben.


Senti saudade. Saudade do Michael da minha época de adolescente. Lembrei-me do clip "Beat It", busquei-o no youtube. Veio à minha memória que, quando ele foi lançado, aquele cabelinho com gel virou febre. Eu mesmo lambuzava o meu, tinha até uma versão com glitter. Tudo modismo lançado pelo astro daquele momento.


Assisti também a Thriller. Muito bem feita a coreografia. Ele dançava muito. Pena que não deu conta da fama. Pena que a mídia que hoje o eleva ao grau máximo de seu talento não o tenha ajudado a reerguer-se a tempo.


Acho que já deu, né. Quanto tempo ainda vai render essa morte? Quantos ainda irão lucrar com ela? Ainda não deixaram Michael Jackon "morrer".

Michael e a Pantera

Não poderia deixar de escrever sobre a prematura e já antevista morte de Michael Jackson. Ídolo da minha geração, Michael alegrava e encantava, na década de 80, com seu gingado black, seu balé, sua singularidade dentro do showbiz daqueles áureos anos nos quais assistia e cantava "torto" Billie Jean" e "Beat It".


O Michael da minha época ainda é aquele rapaz americano de cor negra, vindo do incrível grupo Jackson Five. No que ele se transformou depois, em nada me lembra o artista que me encantou no auge dos meus 13 anos. Não estou aqui para falar de seus escândalos, suas bizarrices e excentricidades. Seus erros não cabem a mim julgá-los. Só sei que o seu processo de clareamento, o seu desvio de conduta sexual, o uso abusivo de drogas e medicamentos o levaram a esse fim trágico e prematuro.

Li, certa vez em uma entrevista, que Michael desejava morrer antes dos 50 para se eternizar. Na cabeça dele, os ídolos morrem jovens. Foi o que aconteceu com ele. Se de propósito ou não, quem saberá? Michael, Michael, talvez agora você encontre a paz que tanto procurava. Is This The End...




No mesmo dia em que morreu Michael Jackson, morreu Farrah Fawcett. Nunca me esquecerei da "pantera loira"! Linda, majestosa, talento que ficará gravado para a posteridade. Perdeu a luta contra o câncer. De certa forma, uma morte lenta, até mesmo previsível. Que ela possa ter seu descanso agora. Adeus, Farrah!, adeus, Maike!

Da fã,


Christiane



25 de Junho


Ontem, 25 de junho, comemorei 21 anos de casada.
Só para registrar...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Susan Boyle - O que fizeram com ela?

Deu no noticiário:

Fenômeno da música, Susan Boyle, segunda colocada no programa Britain's Got Talent, acabou abandonando a turnê que programa da TV britânica organiza para descansar.

Fonte: terra música - 15 de junho de 2009 - 18h29min


O que fizeram com Susan Boyle? Quem era Susan Boyle há pouco mais de um mês? Uma candidata de um concurso de calouros da Inglaterra. Seu vídeo "bombou" na internet e ultrapassou a casa dos quatro dígitos, tamanha repercussão causada pela inebriante e angelical voz desta escocesa de 48 anos.


Confesso que não parei para ver o vídeo na íntegra, mas pude acompanhar alguns trechos pela net e também através de alguns programas televisivos. A extensa e enfastiante exposição me causou uma certa antipatia pela jovem senhora. É como se quisessem fazê-la descer goela abaixo de todos os habitantes do planeta. Susan Boyle, o fenômeno!

" Querem repaginar o visual de Susan."
"Susan é virgem."
"Susan vai gravar um cd e seguir em turnê pelo mundo."

Tudo isso dito ANTES do final do concurso. Então, com a fama lhe inebriando todos os sentidos, já com o gostinho de - já ganhei- a pobre mulher perde o reality show para o grupo de dança Diversity QUE NUNCA NINGUÉM OUVIU FALAR. Provavelmente os britânicos sim, mas que nós, habitantes de TODO o planeta TERRA não sabíamos da existência. O vídeo deste grupo não "bombou" na internet, não virou fenômeno mundial, não arrancou aplausos acalorados e choros da plateia! Que grupo é esse capaz de vencer SUSAN BOYLE?

Puxaram o tapete dela, literalmente deixaram-na sem chão! Susan teve um surto e foi internada por cinco dias em uma clínica psiquiátrica. Aí veio à tona a verdade que antes ninguém havia divulgado - Boyle tem problemas mentais. Não que isso seja empecilho para alguém brilhar, de forma alguma. Mas será que ninguém, ninguém na face da terra se preocupou com essa "moça"? Iludiram-na! Fizeram-na acreditar que o prêmio já era dela! Certamente não conta aí a quantia em euros, mas a constatação de seu sucesso ao imprimir-lhe um primeiro lugar! Não existe vice-campeão, segundo lugar é o primeiro entre os últimos!

Seu comportamento, após o anúncio do resultado, foi descrito pelo portal G1 - "a decepção pelo insucesso começou a perturbá-la ainda no palco. Susan parecia estar brincando ao fazer poses e até mostrar as pernas. Mas quem conhece sua história já sabia que esse comportamento era um mau sinal. Depois de destratar os produtores do programa nos bastidores, e até jogar um copo de água contra um funcionário da ITV, a rede de TV que produziu a competição, Susan foi levada de ambulância para uma clínica psiquiátrica, onde foi tratada durante cinco dias."


Ainda no site do G1, descreveu-se que ela sofre de uma espécie de atraso mental, porque ao nascer teria aspirado líquido amniótico, tendo uma parada respiratória que afetou o seu cérebro. Os familiares acusaram os produtores do programa de terem sido omissos em não lhe dar apoio psicológico. Estes, por outro lado, se defendem dizendo que Susan foi espontaneamente participar do concurso e que ninguém a forçou a nada. Desprezíveis que são, finalizaram dizendo que o "repertório" dela é minúsculo. Agora é minúsculo, né! Queriam audiência para o programa. Conseguiram. Também conseguiram desfazer os sonhos de uma pessoa aclamada mundialmente. Tiraram o "pirulito da criança"!


E agora, Susan! O que vai ser de você? Deram-lhe shows pela Europa, shows que você não está conseguindo realizar, pois na sua simples e ingênua cabeça ainda não entrou essa derrota. Mas sabe, Susan, mesmo sabendo que você, escocesa que é, nunca irá ler este blog, declaro em alto e bom som que você é a verdadeira vencedora! Venceu sendo você mesma, sem plásticas ou aplicações de botox, sem anorexia, sem impáfia! Se existiu uma derrota foi a da hipocrisia. Susan, as pessoas que iludiram-na também elevaram-na! Você é a vencedora moral de todo este reality show chamado VIDA! Parabéns, Susan, parabéns!



Desabafo De Um Velho


Estou velho.Não gosto dos sem terra. Dizem que isto é ser reacionário, mas não gosto de vê-los invadindo fazendas, parando estradas, ocupando linhas de trens, quebrando repartições públicas, tentando parar o lento progresso do Brasil.Estou velho.Não acredito em cotas para negros e índios. Dizem que sou racista. Mas para mim racista é quem julga negros e índios incapazes de competir com os brancos em pé de igualdade. Eu acho que a cor da pele não pode servir de pretexto para discriminar, mas também não devia ser fonte para privilégios imerecidos, provocando cenas ridículas de brancos querendo se passar por negros.Estou muito velho.Não quero ouvir mais notícias de pessoas morrendo de dengue. Tapo os ouvidos e fecho os olhos, mas continuo a ouvir e a ver. Não quero saber de crianças sendo arrastadas em carros por bandidos, ou de uma menininha jogada pela janela em plena flor de idade. Ou de meninos esquartejaos pelos pais por serem 'levados'...Meu coração não tem mais força para sentir emoções. Me sinto mais velho que o Oscar Niemeyer. Ele, velho como é, ainda acredita em comunismo, coisa que deixou de existir.Eu não acredito em nada.Estou cansado de quererem me culpar por não ser pobre, por ter casa, carro, e outros bens, todos adquiridos com honestidade; por ser amado por minha mulher e filhos.Nada mais me comove... Estou bem envelhecido.E acabo de cometer mais um erro! Descobri que ainda sou capaz de me comover e de me emocionar. O patriotismo de uma jovem de Joinville usando a letra do Hino Nacional para mostrar o seu amor pelo Brasil me comoveu.


Na cidade de Joinville houve um concurso de redação na rede municipal de ensino. O título recomendado pela professora foi: 'Dai pão a quem tem fome'.Incrível, mas o primeiro lugar foi conquistado por uma menina de apenas 14 anos de idade. E ela se inspirou exatamente na letra de nosso Hino Nacional para redigir um texto, que demonstra que os brasileiros verde amarelos precisam perceber o verdadeiro sentido de patriotismo. Leiam o que escreveu essa jovem. É uma demonstração pura de amor à Pátria e uma lição a tantos brasileiros que já não sabem mais o que é este sentimento cívico.

Certa noite, ao entrar em minha sala de aula, vi num mapa-múndi, o nosso Brasil chorar: O que houve, meu Brasil brasileiro?Perguntei-lhe!E ele, espreguiçando-se em seu berço esplêndido, esparramado e verdejante sobre a América do Sul, respondeu chorando, com suas lágrimas amazônicas: Estou sofrendo. Vejam o que estão fazendo comigo...Antes, os meus bosques tinham mais flores e meus seios mais amores.Meu povo era heroico e os seus brados retumbantes. O sol da liberdade era mais fúlgido e brilhava no céu a todo instante.Onde anda a liberdade, onde estão os braços fortes?Eu era a Pátria amada, idolatrada. Havia paz no futuro e glórias no passado. Nenhum filho meu fugia à luta. Eu era a terra adorada e dos filhos deste solo era a mãe gentil.Eu era gigante pela própria natureza, que hoje devastam e queimam, sem nenhum homem de coragem que às margens plácidas de algum riachinho, tenha a coragem de gritar mais alto para libertar-me desses novos tiranos que ousam roubar o verde louro de minha flâmula.Eu, não suportando as chorosas queixas do Brasil, fui para o jardim.Era noite e pude ver a imagem do Cruzeiro que resplandece no lábaro que o nosso país ostenta estrelado. Pensei... Conseguiremos salvar esse país sem braços fortes? Pensei mais... Quem nos devolverá a grandeza que a Pátria nos traz?Voltei à sala, mas encontrei o mapa silencioso e mudo, como uma criança dormindo em seu berço esplêndido.


Mesmo que ela seja a ultima brasileira patriota, valeu a pena viver para ler o texto. Por isso estou enviando para vocês.Detesto correntes na Internet...mas agora que me tornei um velho emocionado, vou romper com este hábito.De alguém que ama muito o Brasil.
Autoria desconhecida.

Texto enviado por e-mail pelo meu marido Humberto

sábado, 13 de junho de 2009

Vida - Padre Fábio de Melo



Pelas ruas da cidade, pessoas andam no vai e vem
Não veem o cair da tarde, dando os seus passos como um reféns
De uma vida sem saída, vida sem vida, mal ou bem

Pelos bancos desses parques, ninguém se toca sem perceber
Que onde o sol se esconde o horizonte tenta dizer
Que há sempre um novo dia, a cada dia em cada ser

Não é preciso uma verdade nova, uma aventura,
Para encontrar nas luzes que se acendem um brilho eterno
E dar as mãos e dar de se além do próprio gesto
E descobrir feliz que o amor esconde outro universo

Pelos becos pelos bares pelos lugares que ninguém vê
Há sempre alguém querendoUma esperança sobreviver
Cada rosto é um espelhoDe um desejo de ser de ter

Não é preciso uma verdade nova, uma aventura,
Para encontrar nas luzes que se acendem um brilho eterno
E dar as mãos e dar de se além do próprio gesto
E descobrir feliz que o amor esconde outro universo


Cada rosto é um espelho
De um desejo de ser de ter

Talvez quem sabe por esta cidade passe um anjo
E por encanto abra suas asas sobre os homens

E ter vontade de se dar aos outros sem medida
A qualidade de poder viver vida,vidaVida Vida


Ouça a Música

domingo, 7 de junho de 2009

Para Marília

Querida e adorável sobrinha. Foi sua a ideia (sem acento agora) de fazer um post sobre dicas de português. Pois bem, acabei me empolgando. Sei que são inúmeras as deficiências na fala e na escrita deste povo varonil sempre deitado em berço esplêndido.
À medida que forem surgindo as tempestades de ideias (ditongos abertos das palavras paroxítonas perderam o acento), farei o possível para colocá-las aqui, certo?
Para encerrar, não poderia deixar de comentar sobre a gente, agente e nós.
  • Confundem agente (um profissional, um agente) com a gente (gente, pessoas):
"Agente vai ao circo?" - Claro, o agente de segurança pode ir ao circo, dentre outros agentes também, evidentemente!
"A gente vamos agora?" - Sim, a gente vamos, a gente fomos... (Ai, doeu)
"Nós vai mesmo?" - Como não? Nós vai, nóis fica também, se ocê quisé.
Salve, Chico Bento!

Tome Nota

As novas regras do acordo ortográfico entre as línguas lusitanas já estão valendo desde o dia primeiro de janeiro de 2009. A maioria dos grandes meios de comunicação, nos quais se destacam a imprensa escrita, já adotaram as normas vigentes e as aplicam com segurança e prorpiedade. Infelizmente alguns jornais, revistas e portais da internet ainda insistem em cometer deslizes, embora as antigas regras valham até 2012. O terra, por exemplo, insiste em destacar nas suas manchetes sobre o fatídico acidente da Air France a palavra VÔO com acento.
Esta palavra não se acentua mais. Virou VOO. Assim como todos os hiatos de vogais repetidas - leem, veem, deem, creem, enjoo, etc. Se é para informar, por pior que seja a notícia, que se faça uma matéria com seriedade, começando pela ortografia correta.
Outro erro comum visto nos grandes meios de comunicação é a aplicação errada da abreviatura de horas. Acho que já ficou valendo como certo abreviar com hs. Cansei de ver hs em outdoors, panfletos, bilhetes na escola, televisão, convites de festas e casamentos, enfim, popularizou-se. Só que a palavra HORAS abrevia-se APENAS com a consoante H, sem o "ésse". Portanto:
  • As aulas têm início a 1h da tarde.
  • O voo partirá às 16h e não 16hs.
  • A festa terá início às 19h e não às 19hs.
  • O concerto está marcado para as 20h e não 20hs. (Esse aqui eu li no panfleto informativo sobre uma homenagem a Villa-Lobos com os alunos da escola de música da UFMG). Fiquei pasma!
Enquanto isso vamos sobrevivendo. Se no meio acadêmico já se adotou esta forma pluralizada de abreviaturas, imagine nos meios leigos... O que se há de fazer?

Olhe a língua!

Muito se fala, muito se escreve. Fala-se errado, escreve-se mais ainda! Na luta diária que é a tarefa de ensinar a língua culta aos alunos da escola onde trabalho, travo um duelo entre o aceitável e o repugnável. É mister admitir que a linguagem coloquial é bastante eloquente e suficiente para que haja uma comunicação clara entre os interlocutores. Contudo, não se pode negar o saber da linguagem formal, ou culta, como preferir, àqueles que vêm das camadas menos favorecidas da população. São crianças egressas de um meio onde pouco se lê e onde a difusão de um linguajar menos elaborado soa aos borbotões. Então, eventuais leitores, vou usar deste espaço que criei para divulgar o que considero de grande importância para haver uma comunicaçao eficiente, clara e correta daquela que é considerada uma das línguas mais difíceis do mundo - nossa língua portuguesa.
Para a maioria das pessoas não existe diferença entre MIM e EU (ambos são pronomes pessoais, um oblíquo e o outro reto, respectivamente). Usa-se indiscriminadamente:
  • Peguei um livro pra MIM ler.
  • Traz um copo d'água pra MIM beber.
  • Não dá pra MIM fazer isso agora.
Aí vem a professora tentando, com certo ar de comédia, dizer aos alunos que mim não faz nada, que nós não somos índios, etc. Um artifício didático informal, para ver se funciona.
Pois bem. Corrigindo:
  • Peguei um livro para EU ler.
  • Traz um copo de água para EU beber.
  • Não dá para EU fazer isso agora.
O pronome EU funciona como sujeito. Ele é um pronome pessoal RETO (direto, preciso, agente).
O pronome MIM funciona como objeto do verbo. É um pronome OBLÍQUO (indireto, paciente).
Antes de verbo no infinitivo NÃO se usa MIM. Observe o uso adequado deste pronome:
  • Pegue um livro pra MIM.
  • Traz um copo de água pra MIM.
  • Fazer isso agora não dá pra MIM.
O mesmo acontece com o pronome EU. Não se deve deixá-lo solto nos finais das frases:
  • Pegue um livro pra EU.
  • Traz um copo de água pra EU.
  • Fazer isso agora não dá pra EU.
Isso me faz lembrar do personagem João Pedro da novela Renascer. "Painho (Antônio Fagundes) não gosta d'EU". (Marcos Palmeira, impagável)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Neo - 3 anos


O meu cãozinho, que faz 3 anos no próximo dia 9, é da raça dachshund, também chamada de teckel e popularmente conhecido por salsichinha ou o cachorrinho da cofap.

Em homenagem ao ZUOS NEO MORGANA TABACK - registro do pedrigree -vulgo Neozinho, deixarei o link dos comerciais da cofap, os quais o tornaram muito conhecidos.
http://br.youtube.com/watch?v=dwSa4u2cfqY
http://br.youtube.com/watch?v=ZDp1eV9J7O0&feature=related

Às vítimas do voo 447

"A morte não é tudo. Não é o final. Eu apenas passei para a sala seguinte. Nada aconteceu. Tudo permanece exatamente como foi. Eu sou eu, você é você, e a antiga vida que vivemos tão maravilhosamente juntos permanece intocada, imutável. O que quer que tenhamos sido um para o outro, ainda somos. Chame-me pelo antigo apelido familiar. Fale de mim da maneira que sempre fez. Não mude o tom. Não use nenhum ar solene ou de dor. Ria como sempre fizemos das piadas que desfrutamos juntos. Brinque, sorria, pense em mim, reze por mim. Deixe que o meu nome seja uma palavra comum em casa, como foi. Faça com que seja falado sem esforço, sem fantasma ou sombra. A vida continua a ter o significado que sempre teve. Existe uma continuidade absoluta e inquebrável. O que é esta morte senão um acidente desprezível? Porque ficarei esquecido se estiver fora do alcance da visão? Estou simplesmente à sua espera, como num intervalo, bem próximo, na outra esquina. Está tudo bem!”

(Texto retirado do perfil de Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabela Nardoni)