domingo, 31 de outubro de 2010

Dia Histórico

31 de outubro de 2010 - data em que a maioria dos brasileiros decidiu eleger a primeira presidente desta nação! Dilma, a você desejo um caminhar iluminado, pois muitos serão os percalços, as mandingas, os desaforos, as ofensas pessoais, tudo que rege a vida de uma pessoa pública. Mas você tem o apoio da maioria. Sou orgulhosa por ter eleito uma mulher para presidir o meu país! Minas Gerais disse NÃO ao elitismo paulista!





No início você era uma desconhecida. Aos poucos, foi sendo inserida na mídia, sempre vista ao lado do presidente Lula. Começaram então a enxovalhada de mensagens eletrônicas difamando sua pessoa. Chamaram-na de terrorista, assaltante de banco, assassina de criancinhas. Colocaram fotos suas em e-mails como uma ex-presidiária. Nunca conheci os autores destas mensagens. Nem sequer a fonte. Nada. Boatarias. Todas essas atrocidades fizeram você perder no primeiro turno. Seus assessores erraram ao evitar seu confronto com José Serra nos debates televisivos. E jogaram os holofotes sobre a simpática e ambientalista Marina Silva. O PSDB entendeu que esse era o caminho para levar seu candidato ao segundo turno. E ele privilegiava Marina nos debates, ofuscando a sua participação, presidenta! Foi um tiro no pé. Chacoalhados com o recado dos eleitores indecisos, pois o voto na Marina foi um voto de protesto, sua campanha tomou outros rumos e você finalmente mostrou a que veio. Passou a rebater as mentiras que inventaram a seu respeito, cobrou imparcialidade de tempo nos debates, haja vista a bronca que deu em William Bonner por ter-lhe tirado alguns segundos da sua resposta. Tocou na ferida sobre as invencionices, o velho discurso do aborto, que já havia derrotado Lula em uma campanha, voltou com força total, tentando polemizar sobre um tema que é de foro íntimo. O presidente não manda na vontade e na decisão de uma mulher que queira tirar seu filho. Existe uma legislação? Sim. Mas com lei ou sem lei, ninguém, nem o Papa que entrou de gaiato na história, pode decidir por mulher alguma o que ela faz ou não do seu corpo. Acho, inclusive, apesar de ser católica, que Bento 16 deveria cuidar dos escândalos de sua Igreja, apurar e punir os casos de pedofilia de seus clérigos. Já foi o tempo em que política se misturava com religião.

Hoje, Dilma Rousseff, você levou esse pleito. Não vai ser fácil governar em um país que tem Veja, Rede Globo, Folha de São Paulo, Estadão, dentre outros setores midiáticos contra sua pessoa. Já li, inclusive, pessoas desejando que o câncer pelo qual você foi acometida, volte e te extermine. Não acredita? Só ler os comentários do portal terra. Está tudo lá... O mais triste, presidente Dilma, é que aqueles que são contrários à sua eleição, continuem a desrespeitá-la. Os dizeres maldosos ainda circulam, e agora com força total. Estão mordidos, não aceitam que pobre ande de avião, que tenha carro zero, casa própria, lazer, estudo. É muito difícil para alguns setores da classe média admitir que brasileiros oriundos da pobreza consigam ter êxito, fazer carreira, estudar seus filhos em escolas particulares, adquirirem imóveis, entupir os saguões dos aerportos. Para essas pessoas, a sua vitória é a derrota dos privilégios deles. Que bom, o país está mudando, os brasileiros não se deixam mais enganar por mentiras e balelas. Toda essa campanha difamatória não passou de trololó. Parabéns, presidente Dilma Rousseff. Este é o depoimento de uma eleitora feliz e confiante em dias melhores!

Christiane B.

Cine Pipoca

Ainda dá tempo.  Sugestões para o feriadão:

- Cartas para Julieta: Comédia romântica recheada de belas paisagens e muita delicadeza.

- P.S.: Eu Te Amo:  Cartas são o tema deste deste filme agradável e bonito de se ver.

- A Casa do Lago: seguindo a linha "correspondências", é mais um filme que vale a pena assistir. Um pouco complicadinho, mas interessante.


 

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Joanna... Por quê?


Joanna Cardoso Marcenal Marins

Nascimento: 15/10/2004
Óbito: 13/08/2010
Local: Rio de Janeiro
Causas: Meningite e Maus-Tratos
Acusados: o pai, André Marins e a madrasta, Vanessa Maia
Atendida por um falso médico em um hospital de Nova Iguaçu
Mãe: Cristiane Cardoso Marcenal




Joanna, sei que agora você mora no céu, junto com Deus e com todos os anjinhos. Sei que você é um deles. Imagino sua carinha fofa e sapeca saltitando no paraíso das criancinhas. Perto de você deve estar também a Isabela Nardoni, o João Hélio, o Yves Ota, o João Roberto, tantos e tantos amiguinhos que, assim como você, nos deixaram cedo demais! Mas sabe, Joanna, acho que aqui não era o lugar de vocês. Sei que Deus quer pessoinhas maravilhosas perto Dele, por isso, de vez em quando, sobe um querubim para ficar protegendo quem ainda está por aqui.

Querida Joanjo, seus poucos anos de vida foram marcados por muitos momentos bons. Afinal, você tem uma mãe que te ama e que está lutando por justiça. Mas também, o destino pregou uma peça em você, criança! Quem diria, aos 5 anos de idade, ser tirada da companhia de sua mamãe para ir morar com papai André e sua madrasta Vanessa, que te deu duas irmãzinhas?!  Seu papai tem uma tia que é desembargadora, e foi assim que ele conseguiu tirar você da sua  mamãezinha. Mas papai fez uma coisa muito feia: ele não sabia que tinha um anjinho na casa dele. A cabeça do seu pai André não funciona direito, querida Jô. Acho que ele anda precisando de oração e de perdão. Sentimentos nobres, dignos de divindades... Um anjo conseguiria? Certamente que sim.

Aqui na terra, a gente ficou sabendo de uma história muito triste. Andaram contando que você, Joanna, ficou por vários dias amarrada pelos pés e pelas mãos, sentada dias e dias em cima de seu xixi e de seu cocô. Contaram também que você mal se alimentava, foi ficando fraquinha, com queimaduras no bumbum por falta de higiene local.  Mas anjinho, você estava presa, como poderia sair e pedir ajuda? Então, seu corpinho franzino começou a reagir e você teve convulsões. O papai André e a Vanessa pensaram que você estava com manha. Deixaram  que convulsionasse por três dias, até que.... Até levarem você para um hospital. O hospital é um lugar parecido com a floresta da Chapeuzinho Vermelho. Você nunca sabe quem pode encontrar pelo caminho. E infelizmente, querida, não era seu dia de sorte. Havia um Lobo Mau no meio do caminho...

O falso médico Alex Sandro da Cunha Silva, de 33 anos, mesmo vendo seu estado debilitado, liberou você. Sabe, Joanna, esse médico não cura o dodói das crianças e agora ele resolveu brincar de pique-esconde. Até hoje ninguém achou ele. A dra. Sarita, que contratou o Lobo Mau para trabalhar no Hospital Rio Mar, já está guardadinha dentro de uma casinha, esperando pelo seu coleguinha. Acredite, um dia, alguém vai achá-lo. Papai do Céu costuma ter um jeito diferente de nos ensinar as coisas, Ele fica brincando de charada o tempo todo. Sabe, os médicos bonzinhos descobriram muitas coisas sobre você. Aí eles foram contar para a polícia. A polícia investigou e prendeu seu papai. Ele está em um lugar chamado Bangu 8. Mas não se preocupe com ele. Preocupe-se com sua querida mãezinha, seu padrasto, seus irmãozinhos. Estão todos com muita saudade.

A sua babá abriu um livrinho e ficou lendo algumas historinhas para os adultos. Ela ajudou muito a sua mãe. Sua babá falou também da sua madrasta, a Vanessa. Mas também não se preocupe com ela, tudo vai ficar bem. O destino da Vanessa vai ser parecido com o da Ana Carolina Jatobá, uma moça meio brava que não gostava da enteada. A menina que Ana Jatobá não gostava é a Isabela Nardoni. Você deve conhecê-la, não? Anjinhos costumam andar juntinhos.... A Vanessa gosta de comprar brinquedos novos para a casinha dela. Quando seus avós fizeram uma festa de aniversário para você, ela quebrou uma cadeira nas costas do seu papai. Ele foi na delegacia e falou para o moço que fica lá, o que tinha acontecido. Depois, papai André comprou outra cadeirinha para a sua madrasta. O moço da delegacia resolveu também contar histórias. Ele andou dizendo que no livrinho dele tem 26 ocorrências contra papai André. Quanta gente resolveu falar agora, não é, Joanna?

Querida, acredite, tudo tem seu tempo e sua hora para acontecer. Fique em paz, seja uma anjinha feliz. Todos que acreditam na justiça de Deus e na jutiça dos Homens sabem que esta história não teve um final feliz, mas terá um final justo. 

Lágrimas No Paraíso

Você saberia meu nome
Se eu te visse no Paraíso?
Você seria a mesma
Se eu te visse no Paraíso?
Preciso ser forte
E aguentar firme
Porque sei que não pertenço
Aqui no Paraíso


Você seguraria minha mão
Se eu te visse no Paraíso?
Você me ajudaria a Levantar
Se eu te visse no Paraíso?
Encontrarei meu caminho
Pela noite e dia
Porque sei que não posso ficar
Aqui no Paraíso

O tempo pode te botar para baixo
O tempo pode fazê-lo curvar-se
O tempo pode partir seu coração
Fazê-lo implorar por favor
Implorar por favor

Atrás da porta
Há paz
Estou certo
E eu sei que não haverá mais
Lágrimas no Paraíso

Você saberia meu nome
Se eu te visse no Paraíso?
Você seria a mesma
Se eu te visse no Paraíso?

(Eric Clapton)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Violência Eleitoral

Há um modismo na praça. Artificial. Utilizado, porém, por segmento específico do mercado eleitoral. Quando pessoas da classe média consolidada - a velha classe média - se encontram, um tema surge na conversa. "Campanha violenta, não?" Estas pessoas não saem do interior de suas casas. Consomem, contudo, doses cavalares de emissões televisivas. Envolvem-se emocionalmente com acontecimentos isolados e de nenhuma significação.

São militantes verbais de um conflito que não existe. A atual campanha eleitoral desenvolve-se com normalidade surpreendente. Os candidatos se deslocam pelo imenso território nacional. São recebidos por seus correligionários, em número equivalente ao respectivo grau de simpatia. Nas ruas, militantes ou contratados exibem bandeiras de seus partidos e candidatos, uns próximos dos outros, entre sorrisos e sadias provocações.

Nada que indique violência. Agressão ou desrespeito. Na verdade, segmentos remanescentes dos velhos quadros conservadores - reacionários que levaram Vargas ao suicídio - utilizam-se da tática do terror verbal para anunciar anormalidades que não existem. É louvável e salutar o comportamento dos eleitores, em todas as oportunidades. Portam-se com dignidade e recato cívico exemplares. Não usam insígnias ou quaisquer indicativos de opção partidária.

Reservam-se para registrar suas opções pessoas na urna eletrônica. Quem viveu outras épocas e outras situações, conheceu violência contra a militância política. Nem sempre de natureza física, mas sempre presente a coação moral representada pelos órgãos de repressão de ditaduras. O temor das palavras proferidas e suas inevitáveis consequências: as perseguições de todas as espécies.

Agora, os candidatos expõem - se assim quiserem - o próprios pensamento ou de suas agremiações partidárias. Ninguém o repreende. Só o eleitorado poderá definir se recebeu bem a mensagem ou a rejeitou. A onda de histeria, presente em diminutos setores, aponta para uma regressão ao passado, particularmente para os anos cinquenta e sessenta, quando um ódio de minorias urbanas explodia contra políticos progressistas.

É ingênuo este posicionamento. A sociedade avançou e um eleitorado das dimensões do brasileiro se movimenta com rapidez e busca os candidatos correspondentes às suas necessidades e conquistas. Sentir medo do novo é próprio do conservadorismo. Nada se mantém estático. Tudo evolui e a sociedade não é diferente. Avança e agrega sempre novos contingentes capazes de pensar e agir livremente.

Nesta campanha, em vários momentos, retornou-se ao passado. Os chamados setores "bem pensantes" foram em busca dos argumentos mais heterodoxos. Nada abalou a tranquilidade do eleitorado. A paz esteve presente em todos os movimentos eleitorais. Tudo correu com exemplar regularidade por toda a parte. Onde, pois, o fundamento para infundados temores? A concepção de artifícios recorda outros tempos, quando cartas falsas derrubavam governos. Na atualidade, as instituições funcionam com normalidade absoluta. Os encarregados de preservar a soberania agem com respeitabilidade exemplar.

Só alguns, portanto, portadores de velhos hábitos golpistas, agora em desuso pleno, mostram-se amedrontados. Encontrarem violência onde apenas existem episódios próprios de campanhas extensas no tempo. Os candidatos estão esgotados e o eleitorado já massivamente decidido. Só resta aguardar o próximo domingo. Os agentes verbais de violências inexistentes devem - sem dureza - digitar o número de seu candidato. O erro de escolha, sim, indicará uma violência contra os próximos quatro anos. O resto é ficção.

Cláudio Lembo
Ex-governador de São Paulo

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Laura - 3 anos

A fofíssima Laura fez três aninhos no dia 20 de outubro. Como toda criança, ela ainda acredita em contos de fadas. Pediu de presente uma roupa da Branca de Neve. Teve uma festa digna de princesa. "Lábios como a rosa, cabelos como o ébano, pele branca como a neve....oi?" Ah, não! Laura me disse que sua cor não é branca, porque ela é cor-de-rosa. Tá bom, lindinha, você é quem manda. Eu te amo de qualquer jeito mesmo. Beijos da Tia/Dinda mais coruja deste planeta!







terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mais uma do Zé Simão!

Na reta final das eleições, não poderia deixar de "copiar e colar" a última postagem do colunista da Folha de São Paulo/Uol, o fanfarrão José Simão. Todos os créditos para o autor no link:

http://noticias.uol.com.br/monkeynews/ultimas-noticias/2010/10/18/buemba-a-fazenda-vai-lancar-tropa-de-celulite-2.jhtm

 Direto de Manaus: “Ladrões assaltam bilheteria durante exibição de Tropa de Elite 2”. Nem o capitão Nascimento estão respeitando mais?! Aliás, a Playboy vai fazer uma versão pornô do filme: “Trepa de Elite 2”; e a Fazenda 3 vai fazer “Tropa de Celulite 2”. Lá tem mais buraco que a BR!

O Simão não se conforma com a saída da Geisy: primeiro ela disse que precisava de um personal “trailer”. No jogo perguntaram: “Comida com c? Curral!” Dizem que ela pousou nua para a Sexy em Punta Del Este... no Paraguai! Rararará.

A dona Weslian também é incrível: ela disse que desconhecia o programa de governo dela e depois disse que o secretariado dela seria só de técnicos – deve ser técnico de televisão, de máquina de lavar...

Temos três manchetes bombásticas das Ereções 2010: “Madonna abandona Jesus para não interferir nas eleições brasileiras”; “Papa canoniza australiana; Serra entra no TSE”; “Dilma aprende dicção com Lula”.

Qual o outro assunto? Quem foi a estrela do fim de semana?



A Marina! Ela demorou 15 dias para ficar onde estava!! Lavou as mãos... com Natura Ekos Pitanga, rararará. A Marina amarelou. Se ao menos ela tivesse apoiado alguém ela teria ficado mais 15 dias na mídia...

E o debatédio? O momento mais emocionante foi quando a plateia bocejou. Nada de aborto, o PGN quer saber quem é a favor do arroto?
Temos duas imagens para mostrar a que nível chegou a eleição. Olha essa foto tirada na rua Vergueiro:


Que cagada que ele está fazendo!

E olha o santinho do Serra:




Ele é candidato a presidente ou a pastor? O PGN podia fazer um santinho assim “Mulher Melancia: a verdade e a justiça”.

As eleições de antigamente que eram boas: o FHC se declarava ateu e o Lula, corintiano. E só! Ninguém queria saber mais nada.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A Eleição do Golpe Baixo

Lamentável

Cláudio Lembo
De São Paulo



Conseguiram.Transformaram campanha eleitoral em guerra religiosa. Em plena cerimônia religiosa celebrante é desacatado. Políticos se enfurecem. Panfletos são distribuídos.Há tantos temas a serem abordados e, no entanto, assuntos de foro íntimo passaram a ser tratados como mensagens coletivas. As religiões informam a vida das pessoas.

Estas, a seu turno, por seu comportamento na sociedade, apontam para a excelência desta ou daquela confissão. Tratar as múltiplas crenças como inimigas entre si é criar conflitos indesejáveis.Os brasileiros sempre buscaram a paz entre os vários credos. É traço histórico que vem desde nossa primeira Constituição, a de 1824. Agora, marqueteiros desavisados ferem nossos valores políticos.

É imperdoável o que vem ocorrendo. Viola os mais profundos sentimentos nacionais amalgamados durante séculos. Todos os participantes do pleito eleitoral, neste segundo turno, deveriam tomar uma única postura.
Declarar, em conjunto, que respeitam todas as crenças e posições doutrinárias. Apontar que qualquer mensagem contra o respeito ao outro é deletéria e contra a nação. Há temas que devem ficar a salvo das emoções do cotidiano e, particularmente, dos debates eleitorais. Esses necessitam de ambiente de mútua compreensão do pensamento do outro. Falar de aborto com paixão verbal sem limites é violência contra todas as mulheres e pessoas razoavelmente conscientes. Fere a intimidade mais profunda das pessoas. O aborto é uma violência. Ninguém em sã consciência é partidário de sua prática. A vida, no entanto, sujeita as pessoas às mais estranhas circunstâncias e estas necessitam ser entendidas com razoabilidade. O presente debate saiu dos limites do razoável. Atingiu um fundamentalismo ingênuo, mas perverso. Todos os fundamentalismos são execráveis. Retiram a capacidade de pensar das pessoas.

Os liberais - os verdadeiros liberais - sabem que em todas as latitudes, onde foram excluídos os princípios iluministas, há uma violência física ou moral contra o livre pensamento. A atual campanha eleitoral - lamentavelmente - atingiu espaços fundamentalistas, como nunca ocorrera nos comícios eleitorais após a democratização. Os mecanismos democráticos não podem servir de caminho indesejável para dividir cidadãos. Ao contrário, a democracia, ensinando o respeito ao outro, exige compostura no seu exercício.

Os eleitores, certamente, saberão examinar todos os contornos destes últimos meses e, na hora de seu voto, afastará as más mensagens e as deformações das exposições de ambos os candidatos. O voto deve ser conferido a programas partidários e exposições temáticas dos respectivos candidatos. As mensagens extravagantes podem ser ouvidas, mas não levadas em consideração. Elas pertencem a outro campo, àquele do foro intimo de cada cidadão e este não deve ser violado pelos interesseiros de ocasião. A humanidade já sofre - e muito - por situações como a atual.

Voltar ao passado distante é esquecer as grandes lições - sobre a tolerância religiosa - expostas em tempos remotos por personalidades qualificadas do Ocidente. Envergonha a cultura brasileira quem age sem freios em campanhas eleitorais. Mostra desconhecer os princípios da democracia e, assim, não pode ser respeitado no certame eleitoral Faltam poucos dias para o segundo turno eleitoral. Espera-se um reequilíbrio salutar nos termos da presente campanha. É anseio da cidadania.

Cláudio Lembo é advogado e professor universitário. Foi vice-governador do Estado de São Paulo de 2003 a março de 2006, quando assumiu como governador.
http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI4739560-EI8421,00-Lamentavel.html

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Ilha do Medo - Shutter Island

O feriadão já foi, mas não posso deixar de indicar alguns filmes aos quais tive oportunidade de assistir nos últimos dias. Indico, para quem gosta de suspense, "A Órfã" (advertência: contém cenas chocantes), "A Ilha do Medo" e "A Troca". Dos três citados, quero deixar um comentário sobre o segundo, pois me intrigou tanto que passei a "fita" três vezes. É o tipo de filme que você tem que ver de novo, pois tudo se explica na reprise. Para quem desejar locar o DVD, não leia o comentário, pois o final do filme será contado. Mas, se quiser apenas saber sobre o tema e o desenrolar da história, vá em frente.



SPOILER


No início da década de 50, no período pós-guerra, o então ex-combatente Teddy Daniels, vivido por Leonardo Di Caprio, encontra-se em um navio rumo a uma ilha, onde fica um hospital psiquiátrico montado para tratar os pacientes de maior periculosidade dos Estados Unidos. A cena do navio já dá dicas preciosas que poderão ser associadas no desenrolar da trama. O delegado federal demonstra fobia à água... Ele tem um companheiro de investigação, ao qual chama de Chuck.

Teddy e Chuck chegam a Shutter Island para investigarem o sumiço de uma paciente que, anos atrás afogara seus três filhos num lago, mas negava tal fato, por insanidade, e fazia de conta que a Ashville era sua casa, pacientes e médicos, seus vizinhos. O misterioso desaparecimento da assassina é o fio da meada para o grande mistério que envolve os personagens da Ilha do Medo. Rachel Solando aparentemente fugiu com a ajuda de algum habitante local. Teddy começa a investigar os outros pacientes e a levantar suspeitas de conspiração.

Seus métodos investigativos se confundem com sua história vivida no campo de concentração, onde participou da libertação dos judeus, e também por culpar-se de ter matado vários soldados nazistas. Esses recortes de flashbacks se confundem com a realidade do hospício e faz com que o espectador se pergunte o que é real e o que é loucura.

Seguindo esta linha conspiratória, com o roteiro recheado de pistas falsas, passamos a fazer parte de todo aquele aparato psiquiátrico, confundindo-nos com os próprios pacientes. Ao ser questionado pelo médico sobre quem o teria criado, Daniels responde: pelos lobos. Lobos, o animal interno que alimentava; lobotomia, método usado para pacificar os loucos, através de cirurgia cerebral. Dicas, fatos. A violência antes latente no delegado vivido por DiCaprio, começa a  ficar evidente e forte demais. A charada proposta por Rachel Solando: "a lei dos 4, quem é o 67º?", a tempestade, os devaneios e as alas psiquiátricas formam um labirinto na mente do perturbado Teddy. Na ala A, ficavam as mulheres, na B, os homens e na C os pacientes mais perigosos. A ala C era um forte construído durante a primeira guerra. Dá para imaginar o tipo de gente que ficava preso naquele lugar. Daniels tinha obsessão, especificamente, por um dos pacientes da ala C: Leaddies, o homem que "riscou o fósforo" e incendiou o prédio onde sua esposa morava. Leaddies estava preso na ilha e Teddy tentava achá-lo obstinadamente, para um acerto de contas.

O desfecho se dá no farol da ilha, a princípio tido como um lugar para tratamento de esgoto, mas que Teddy imaginava ser o local onde as cirurgias cerebrais eram realizadas. Ele invade o farol e encontra o médico sentado atrás da mesa e sem nenhum vestígio  de barbáries. Começa um confronto  de realidades, confundindo a quem assiste. O médico revela ao então paciente 67, Andrew Leaddies, que ele estava ali há dois anos por não suportar  a verdade nua e crua: matara sua mulher após descobrir que ela havia afogados seus três filhos.

Neste momento eu entrei em êxtase, pois, por mais que o filme desse pistas, jamais imaginaria que ele fosse o marido de Rachel Solando. Aliás, a lei dos 4 se explica aí: Edward Daniels - Andrew Laddies/ Rachel Solando - Chanal Dolores. Quatro nomes, dois verdadeiros e dois anagramas. Teddy achava que seu nome era Edward, mas na verdade ele misturou as letras e formou uma nova identidade, assim como fez com o nome de sua esposa. Nunca existiu Rachel Solando, a não ser na fantasia de Teddy/Andrew. Rachel era o nome da filhinha dele que morreu afogada. Ele sempre a via nos seus delírios como sendo uma criança judia que não conseguira salvar. Dolores era uma mulher depressiva. "Teddy" ignorava esses sintomas, pois se tornara um alcóolatra. Ao ver os filhos mortos e sua mulher implorando para que ele a libertasse daquela vida, não teve dúvidas - atirou em Dolores. A dor de Andrew com toda esta perda o levou à loucura.

Encaminhado para a ilha de Ashville, foi o paciente mais intratável, mais violento e desafiador. A direção de Shutter Island determinou que uma lobotomia fosse feita imediatamente, mas seu psiquiatra queria uma última tentativa - deixar Andrew Leaddies solto por dois dias vivenciando sua fantasia, apoiado por todos que lá moravam. Pacientes, assistentes e policiais, além dos médicos, armaram uma encenação para que Andrew pudesse voltar à realidade e se tornar uma pessoa tratável. Só que não estava dando certo e o dr. Collen precisou falar a verdade (?) e mostrar as fotos de seus filhos mortos. O choque fez com que Andrew recobrasse sua memória, o que sinalizava positivamente para a cura.

Mas... no dia seguinte, quando poderia voltar para o continente e ter um tratamento mais humano, Andrew surpreende ao dizer que precisava desmascarar a todos na ilha. Seu companheiro Chuck, na verdade seu psiquiatra assistente, sinalizou para os demais que "Teddy" havia voltado e não seria possível a viagem de volta. Andrew, então, indaga ao seu companheiro/médico: "É melhor viver como um monstro ou morrer como herói? Na sequência, sai caminhando em direção aos enfermeiros que já o aguardavam devidamente parementados para a lobotomia, sem esboçar nenhuma resistência. A câmera focaliza o farol, dando a entender que ele passaria pelo procedimento. E assim termina o filme.

Pois é, o que seria realidade e fantasia? Estaria Andrew acenando uma falsa regressão para ser lobotomizado e viver como um zumbi ou de fato ele não suportava a verdade e havia regredido? Fica a dúvida, sempre pertinente aos bons filmes de suspense. Se alguém que está lendo tiver visto, faça um comentário. Quem sabe possamos debater algumas ideias sobre o assunto?

Pontos a esclarecer: um delegado federal usaria uma gravata que mais parecia enfeite de palhaço? O que era o ferimento que ele trazia na testa: machucou-se durante a briga em que quase matou o paciente da ala C, ou uma tática do Scorcese, insinuando que naquele lugar ele sofreria uma intervenção cirúrgica - o lobo frontal? Os vômitos e náuseas não eram sintomas de enxaqueca, mas as crises de abstinência, uma vez que seus remédios estavam sendo suprimidos para o grande teste? A tempestade nunca existiu, a não ser de forma metafórica, indicando os clarões momentos de lucidez do paciente e não raios provenientes da chuva? A caverna em que ele dormiu significa o inconsciente humano? A foto de Hitler na casa do médico era para causar impacto e fazê-lo lembrar de seus traumas da guerra contra os nazistas? Fogo e água, dois elementos da natureza, se contrapõem o tempo todo. O fogo que matou Dolores não foi provocado por um incêncio, mas pela sua arma de "fogo". A chuva persistente na maior parte do filme fazia alusão à forma em que seus filhos morreram - morreram na água. A fobia sentida no navio foi proposital, um modo de remetê-lo ao seu passado sombrio. Teddy comentou com o soldado que seus homens estavam tensos (evidentemente, estavam diante do paciente mais perigoso da ilha); reconheceu o perímetro eletrificado (claro, ele morava na ilha), mas deu a enteder que se tratava do campo de concentração. Enfim, símbolos existem aos montes. Diálogos que passam desapercebidos: A loucura é contagiosa? (sim, a loucura de sua mulher o contagiou); você tem mecanismos de defesas magníficos! (sim, ele negava a realidade através da loucura); Quem criou você? - Os lobos! (Ah, a lobotomia, o monstro que vivia dentro dele); A violência é um presente de Deus, você é violento e eu te conheço há séculos (conversando com o xerife, ao subir o penhasco). Todos estavam a postos nos lugares em que Teddy provavelmente se encontrava. Só vemos isso depois, com calma. Na hora, a confusão do roteiro, te faz crer que você também é um louco daquela Ilha do Medo. 

Por Christiane B.

sábado, 9 de outubro de 2010

Tá de Bobeira?

Fui à estreia de Tropa de Elite 2.
Recomendo!



Se você é do tipo romântico, que gosta dos filmes água com açúcar e fins felizes, não vá assistir às novas aventuras do Capitão Nascimento. Muitas cenas violentas, além de expor as vísceras da cúpula do governo do Rio de Janeiro (metonímia do Brasil). Wagner Moura impagável como na 1ª versão! Aliás, Wagner Moura e Johnny Depp podem fazer qualquer tipo de filme, pois para mim eles estão acima dos seus personagens e não perco suas atuações nem por decreto! José Padilha, você se firmou como novo expoente do cinema nacional. Brilhantemente!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Marina, você se pintou?

Não votei na Marina e nem acredito que seus ideais sejam tão puros assim. Na política a na vida pública, tudo tem um preço.  Maurício Abdalla, professor de filosofia da UFES, escreveu um artigo muito interessante sobre o resultado das eleições. Vamos a ele:

“Marina, morena Marina, você se pintou” – diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o “grito da Terra e o grito dos pobres”, como diz Leonardo Boff.

Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?

Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as “famiglias” que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.

Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas “os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz”. Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.

Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. “Azul tucano”. Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.

Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a “vitória da Marina”. Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.

“Marina, você faça tudo, mas faça o favor”: não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você “tanto faz”. Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem “esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele”.

Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. “Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu”.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Laura

Olha só que fofucha!
Vai ter festinha de princesa no 3º aniversário da lindinha da titia!
Veja como ela está linda!

Amo Muito - Laura Bianchi

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Panis et Circensis

Meus pêsames à nação brasileira. Depois de uma massante e pouco significativa campanha eleitoral, estamos à volta com mais um circo armado. Ziguezagueando pelos principais portais da internet, posso comprovar com um espanto cinematográfico de quem acabou de assistir ao pior dos piores filmes de terror, o descaso político de alguns milhões de eleitores.

O cenário de Brasília servirá de plano de fundo para uma das mais bizarras composições do legislativo federal. Que povo é este que elege, com mais de um milhão de votos, o palhaço Tiririca? E na rebarba, o ex-bbb Jean Wyllis e o goleiro Danrley? Palhaçada pouca é bobagem. Isso é uma forma de ridicularizar as instituições ou um protesto tão idiota quanto seus candidatos? Por "Zeus", quanta ignorância! Acreditar em mudanças elegendo cidadãos oportunistas e falidos nas suas bases? Ainda tivemos como candidatos os irmãos do KLB, o Renner da dupla sertaneja (não o dono do logotipo da loja), Moacyr Franco, Popó, Simony, mulher Pêra, Maguila, Vampeta, ah, chega! É muito para meu intelecto. Esses últimos, ao menos amargaram uma derrota! Contudo, as assembleias estaduais contarão com a presença sui generis de Myrian Rios (ex-global e ex-Roberto Carlos), Romário e Bebeto do tetra, o ex-jogador Marques do Galo Mineiro...

É como eu disse, essas pessoas estão sem trabalho e fora da mídia. Aliás, muitos se beneficiam de estar sempre em evidência através de seus escândalos nesta própria mídia. Encontram brechas e eleitores analfabetos funcionais, aproveitam-se do exercício da democracia e tornam-se excelentíssimos deputados! Depois vem gente batendo no peito dizendo que não vota em "terrorista" (nem ao menos sabem a História do Brasil), mas votam em palhaços, profissionais e amadores. Mas não tem problema, a lona já está armada e há lugares para uma imensa plateia!

Só para terminar: a eleição presidencial foi para o segundo turno não por mérito dos tucanalhas e sim porque a Marina cresceu e apareceu. Bem-feito para a Dilma e seus assessores. Bem-feito para os marqueteiros que subestimaram a força da candidata ambientalista e, a fim de evitarem um confronto entre a "sargentona" e o Serra, focaram e lançaram os holofotes sobre a não menos oportunista e  presidenciável do PV. Ela deixou o cargo de ministra bem mais de olho na vaga à presidência do que por ideiais amazônicos.  E ainda tiveram que aguentar o Plínio dizendo certas verdades que só são ditas por quem não tem medo de perder (uma vez que já estava perdido mesmo). Aprenderam a lição? Façam o para-casa direitinho agora, senhores petistas e aliados. Provem que estão limpos no caso do escândalo da Casa Civil ou então a VEJA (partido político que tem quatro letras e um tucano no meio) irá disseminá-los com suas capas "polvorosas". Acreditem, os tentáculos da revista-político-partidária vão além das fronteiras do bom-senso. Ainda vivemos em um país que acredita em folclore! Haja vista que a "Cuca" não venceu a eleição por causa do "Curupira". Talvez os brasileiros elejam uma "mula-sem-cabeça", pois assim, não haverá cérebro pensante. Neste país que vota com o humor e o descaso com a História, quem ganha, certamente, é o "respeitável público"! Hasta la vista!

Por Christiane B.

domingo, 3 de outubro de 2010

Amigos


Há dias em que eu fico pensando... Pensar é uma ação que muito me agrada. Aí eu penso em uma coisa, penso noutra... Tiro algumas conclusões, acho até que algumas muito absurdas! Por exemplo, há pessoas e pessoas. Gente que é bacana e você gosta assim, de cara. Gente que é chata e você tem que suportar por motivos alheios à sua vontade. Gente que vem e gente que vai.

Certa vez li uma frase que me chamou atenção:

"Parei de tratar como prioridade aqueles que me tratam como opção!"

Depois disso, acho que não preciso falar muito. É a pura verdade. Existem os pseudo-amigos e os amigos-do-peito. Os falsos são aqueles que te procuram quando é para interesse próprio, como pedir algum favor, vender algum produto, mas que não se lembram do dia do seu aniversário, declinam de todos os seus convites, têm notavelmente inveja de você e da vida que você conquistou, querem aquilo que é seu. Essas pessoas, via de regra, um dia acabam por dar fim à falsa amizade, pois ninguém sustenta uma mentira por muito tempo. As máscaras caem, mais cedo ou mais tarde. E, quando isso acontece, às vezes você nem entende, se entristece, se culpa. Aos poucos vai percebendo que nunca foi importante para aquelas pessoas. Conclui, enfim: "Foram tarde"!

Mas... E os amigos de verdade? Ah, esses aí estão para todos os momentos. Você nem precisa dizer nada, eles sabem só pela expressão do seu rosto se você está triste ou alegre. Apenas pelo tom da sua voz, pressentem o que você está por dizer. Mesmo atribulados de trabalho, com a casa, filhos, cônjuges, não deixam de se lembrar ao menos de dizer um "oi". A esses amigos o meu eterno e incondicional apoio. Vida longa à verdadeira amizade!

Por Christiane B.